sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

RENAN CALHEIROS, SILAS MALAFAIA E O BRASIL





Dilma pediu 1 minuto de silêncio pela tragédia em Santa Maria - RS. Pede-se agora, pela tragédia de eleição de Renan Calheiros a presidência do Senado, o mesmo minuto em respeito às vítimas: o povo brasileiro.

O que deixa mordido de raiva e sem entender o povo do Egito, por exemplo, é a inércia dos brasileiros em nada fazer quanto a isso.

É ele, Renan, que decidirá pela partilha dos Royalties do petróleo por exemplo.

Malafaia fala, no próximo dia 03/02/2013 , domingo, no SBT DE FRENTE COM GABI, sobre a mala de dinheiro que a Forbes constatou que ele tem. O mote qued usará é o da teologia da prosperidade: MEUS deus É UM deus DE BARGANHA. É esperar pra ver e e ouvir. E continuem as ofertas de 900 reais!

E o Brasil?

Deixa prá la....disfarça...

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

TEREMOS CREDIBILIDADE?

Transcrevo aqui o te4xto de ANTONIO PRATA da Folha.com que nos trás um pouco de pontos a pensar sobre o ocorrido em Santa Maria.


Acho que já contei aqui a história, mas a ocasião me permite repeti-la. Eu tinha 18 anos e estava em minha primeira aula de filosofia, na USP. O professor, Renato Janine Ribeiro, nos explicava que no fim do semestre seríamos avaliados por um trabalho individual, cujo limite deveria ser de 8.000 caracteres. Levantei a mão: "Se estourar um pouquinho esse limite, tudo bem, né?". Janine sorriu e disse algo mais ou menos assim: "O que é 'limite'? É aquilo que não se pode transpor. Mas vejam como são as coisas no Brasil: entre nós, o limite não limita! Repito: o limite é de 8.000 caracteres". 

Peço perdão ao filósofo se as palavras não foram exatamente essas. Assim, porém, é que ficaram gravadas na minha memória e é assim que me voltam, quase todo dia, quando me deparo com a nossa ilimitada necessidade de burlar a lei. 

Há uma altura máxima para prédios na rota do aeroporto, mas o empreiteiro constrói um "puxadinho", alguns metros acima. A construtora precisa botar de tantos em tantos metros, sob o concreto da rodovia, umas ripas de metal, mas economiza dinheiro aumentando a distância entre elas. Quantas pessoas que compraram a carta de motorista você conhece? Que têm gato de TV a cabo? Que já subornaram um guarda de trânsito para não ser multado? O avião vai decolar, o comissário de bordo pede para desligarem os celulares, mas o sujeito o ignora solenemente. O avião pousa, o comissário pede aos passageiros para que aguardem sentados até o "apagar do aviso luminoso de atar cintos", mas todo mundo levanta. Não um, não dois: todo mundo --como se respeitar aquele simples sinal luminoso equivalesse a ter a palavra otário escrita na testa. 

Um sinal luminoso também piscou na cabine do Fokker 100 da TAM, que taxiava na pista de Congonhas na manhã de 31 de outubro de 1996, alertando sobre um problema no reverso da turbina. O piloto o desligou. O luminoso piscou novamente, novamente foi desligado. Segundo o depoimento de outro piloto, dias mais tarde, esse era o costume: se fossem dar atenção a todo alarme que soava na cabine, nenhuma aeronave saía do chão. Às vezes, ao que parece, alarmes soam à toa. Às vezes, não: 24 segundos depois de decolar, o avião caiu, matando 99 pessoas.
Eu estava saindo para a USP, naquela manhã, quando o telefone tocou. Uma amiga do meu pai queria saber se era verdade que meu tio Duda, irmão da minha mãe e meu padrinho, estava entre os passageiros. Liguei a televisão. Vi a lista. Era verdade. 

Nas próximas semanas, o Brasil concentrará suas energias em encontrar os culpados pela tragédia de Santa Maria. É fundamental, se houver culpados (como parece ser o caso), que eles sejam punidos. É fundamental que as casas de show passem por reavaliações, como já estão passando. Mas se não mudarmos a nossa mentalidade, se não entendermos que as leis são universais, que há procedimentos que precisam ser executados conforme as regras, sem jeitinho, sem gambiarra, em TODAS as esferas, por TODAS as pessoas, as tragédias continuarão acontecendo --e a morte é um limite que nós, brasileiros, por mais espertos que nos julguemos, não somos capazes de transgredir.

Fonte: antonioprata.folha@uol.com.br
@antonioprata

domingo, 27 de janeiro de 2013

QUE TELEFONEMA VOCÊ RECEBEU HOJE?


Hoje acordei às 4h da manhã. Fui ao banheiro e me deitei novamente. Todos dormiam tranquilos: minha esposa, meus filhos. Dormi novamente e acordei às 7h. Ninguém me acordou, nenhum telefonema de sobressalto ou aviso se quer. Um dia de domingo tranquilo de sol em família. Mas essa tranquilidade foi quebrada ao ver na TV centenas de jovens mortos pela madrugada na qual dormíamos. Santa Maria, num boate. Até agora são 231 pessoas mortas.

Pais, mães, tios, irmãos, avós, amigos que receberam um telefonema desesperador: "ele(a) morreu...asfixiada...pisoteada.." ; "ele(a) não conseguiu correr porque estava bêbado(a)...desesperado(a)...portas fechadas...numa boate."

Quais os contatos que você ainda mantém no seu celular? Dos seus pais? Seus amigos, parentes, namorados(as), trabalho?
Neste exato momento estão apagando os contatos dos celulares daqueles que se foram ou ligando e tentando avisar alguém...numa boate; madrugada de domingo. Um a um.

Pelo Facebook começam a pipocar pensamentos e mensagens de que é melhor aproveitar a vida que tem, pois quando chegar a hora foi melhor ter vivido do que ter tido "pudores" ou "medos". A questão não é aproveitar a vida: eles estavam "fazendo" isso, pelo ponto de vista individual. A questão é saber que a vida é um bem penhorado e que a qualquer instante o Dono volta a buscar. Tem de ser administrada, USADA, MULTIPLICADA, ENRIQUECIDA, não a qualquer custo ou meio, mas do melhor e mais Vivo Caminho possível.

O meu filho de 17 anos está em casa agora, debatendo comigo as decisões sobre futuro profissional a tomar: "qual o melhor pai?" "Posso optar por esse trabalhar nisso, o que acha?" "Este era o meu escolhido mas mudei de idéias...etc." Ninguém está me falando dele no meu celular. Ele está aqui, do meu lado, como sempre ensinei ser melhor para aproveitar a vida. Não que ir à uma festa ou coisa que o valha seja perigoso: eu simplesmente não sei. Mas o meu trunfo é que DEUS SABE. E toda a administração da minha vida inclui a deles, sob a orientação dAquele que provê o Melhor Caminho para se aproveitar toda uma vida, agora e para sempre. A outra pergunta que está martelando aí na sua cabeça "PORQUE DEUS PERMITIU?" respondo que não sei! Você não sabe! Ninguém sabe! Sabe porquê? Ele não é seu vizinho, não é seu colega de trabalho, ele não é uma ação da petrobrás, não é um componente do Big Brother, não é um nível de óleo do seu carro, não é um arrepio na espinha, não é novela, não se submete a justiça do STF e nem à sua sensação do que é justo! Não dá para acompanhar Deus pois só alguém eterno poderá acompanhá-Lo, poder pensar junto e como Ele, poder começar a entendê-Lo! Por amar tanto todos estes "temporários" que somos quer torná-los eternos também...mas não a qualquer custo.

Não posso questioná-Lo....pois Ele já viu tudo. Eu e você não.

Parecer descolado, alegre, bem socioeconomicamente, não adianta nada agora nesse dia de domingo. Amanhã, segunda-feira, dia em que tudo continuaria normalmente, trabalho, faculdade, projetos, oficina do carro, limpar a casa, noivar, ligar para a família, tomar posse no concurso....nada mais é possível. Aquela terrível ligação no meio da noite acabou com tudo.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

SITUAÇÃO DA CHAPADA DO APODI - RN

Por William Pedeira

O ato expressivo fez parte das “24 horas de ação feminista” organizada pela Marcha Mundial de Mulheres na última segunda-feira, 10 de dezembro, quando foi celebrado o Dia Internacional de Direitos Humanos.

A concentração teve inicio às 8h com a caminhada partindo às 9h30 e ocupando as ruas de Apodi. Logo após, ocorreu um ato político no centro do município com a presença de Carmen Foro, vice-presidenta da CUT e coordenadora de Mulheres da Contag; Rosane Silva, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT; Nalú Faria, coordenadora da Marcha Mundial de Mulheres; Francisca Antônia de Lima Carvalho (Kika), vice-presidenta do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodi; e Francisca de Paiva (Ika), moradora da comunidade local. Estas duas últimas companheiras que têm sido referência na luta contra o projeto. O ato foi finalizado na chapada do Apodi, quando a manifestação fechou a estrada por alguns minutos em forma de protesto. “Foi um grande ato com presença de trabalhadores rurais, sindicatos urbanos, especialmente do SINTE, estudantes, MST e claro milhares de mulheres da Marcha Mundial e sua batucada”, relatou Rosane Silva.

Capitaneado pelo Ministério da Integração Nacional através do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e com investimentos provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Projeto pretende desapropriar uma área com cerca de 14 mil hectares, que equivale a 14 mil campos de futebol, para a implementação de um programa de fruticultura irrigada. Ali, habitam atualmente cerca de 800 famílias divididas em cerca de 30 comunidades rurais. São grupos populacionais que possuem aspectos culturais, históricos e sócio-econômicos próprios, constituindo-se uma referência nacional em produção agroecológica e familiar.

Em dossiê-denúncia, entidades locais, nacionais e moradores da região apontam diversas violações que serão implementadas com projeto: desrespeito aos direitos humanos, culturais, históricos e patrimoniais das comunidades que residem na região; degradação ambiental à uma localidade que possui características de relevo, fauna e flora peculiares, bem como formações arqueológicas de grande importância para o patrimônio histórico brasileiro; investimento de dinheiro público em uma obra onde não há perspectiva de resultado econômico e social, além de servir como propulsora de uma das maiores tragédias do sertão nordestino nos últimos anos.

“Este é o mesmo local onde o ex-presidente Lula anunciou em 2005 o conjunto de programas Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) Mulher e Pronaf Agricultura Familiar. Portanto, é uma contradição muito grande. É a expressão da disputa do modelo de produção agrícola. É outro programa contrapondo ao projeto de convivência com o semi-árido e de produções agroecológicas construído ao longo de vários anos pelas comunidades locais e reconhecido nacional e internacionalmente. Sabemos que quando o capital quer se estabelecer passa por cima de tudo”, critíca Carmen.

O custo para construção do projeto ultrapassa os R$ 240 milhões. Em momento algum, cita Carmen, as comunidades locais foram chamadas para expressar sua opinião. Foram apenas comunicadas sobre a construção do projeto e o consequente  remanejamento das ações indenizatórias que muitas vezes são irrisórias e não compensam todo o prejuízo social, material, cultural e ambiental.

De acordo com a dirigente da CUT, após a Marcha das Margaridas realizada no ano passado, a presidente Dilma suspendeu a assinatura do projeto. Mas essa suspensão foi logo revista. “Infelizmente, não temos um canal de diálogo aberto. Há toda uma preocupação, um empenho nacional em buscar este diálogo com o governo. Nossa esperança é que com este ato expressivo e sua repercussão o governo convoque uma conversa com os atores envolvidos. É um processo incansável de luta até que seja respeitado os direitos da população local com a suspensão permanente do projeto.“

Informações inconsistentes – segundo a legislação ambiental vigente, empreendimentos como os perímetros irrigados precisam passar obrigatoriamente por um estudo aprofundado que possibilite dimensionar os ataques contra o meio ambiente, assim como as violações de direitos humanos, históricos e sociais.

Acontece que no respectivo projeto ficam evidentes as inconsistências e contradições no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e no Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). Não quantifica os impactos e tampouco oferece condições reais que possam dimensionar as agressões ao meio ambiente. As explicitações, segundo o dossiê, se reduzem as imprecisões no âmbito das possibilidades, não apresentando dados concretos que caracterizam as violações ao meio ambiente.

São agressões ao solo por conta do desmatamento de grande área e movimentos de terra, agressões nas reservas hídricas ocasionadas pelo escoamento das águas contaminadas por agrotóxico, defensivos agrícolas e fertilizantes utilizados pela produção da fruticultura irrigada. Em função do desmatamento e do manejo do solo também poderão ocorrer problemas de erosão, assoreamento dos corpos de água e falta de controle no uso de fertilizantes e biocidas, além da salinização do solo decorrente do manejo incorreto da técnica e do sistema de drenagem.

Há na área de influência indireta do empreendimento grande associação fossilífera do período cretáceo, com a presença de fósseis de grupos vertebrados e invertebrados, cuja importância se ressalta em função de seu valor histórico, científico e cultural para o estado do Rio Grande do Norte.

Tais problemas foram apontados no EIA-RIMA somente de maneira artificial, sem nenhuma análise profunda dos impactos.

Veja aqui o dossiê completo.

Fonte: http://www.brasildefato.com.br/node/11393

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O NEGRO NORDESTINO

Na mesma temática sobre os negros no Brasil, continuo meus post agora com fotos de nossa negritude brasileira no nordeste.

Cada foto tem uma história, uma ambiente, uma situação.

Vale a pena conferir e apreciar.

Esta foto foi tirada ontem, dia 23 de dezembro de 2012.

A jovem não aguentou mais o cansaço de fim de tarde e sentou-se na espreguiçadeira na Praia da Redinha em Natal - RN. Sua mãe segue ao fundo, ladeada de sua irmã. Pelo olhar, capta-se a frustração de todo um esforço. No primeiro plano, de camisa branca, vem o dono das barracas: iria expulsá-la, não antes de olhar bem pra mim e conferir o que eu fazia com uma câmera profissional na mão, até assimilar a realidade de que eu era um negro turista.

sábado, 19 de maio de 2012

DROGAS: O PRAGMATISMO PODE RESOLVER O PROBLEMA?


Recentemente a revista ALFA publicou texto em seu site, escrito pelo meu amigo Cláudio Manoel dos Santos (o Maçaranduba do Casseta & Planeta), onde aborda o problema das mortes ocasionadas pelo consumo do álcool versus mortes de usuários de drogas. O texto, intitulado "DUAS MORTES, DUAS MEDIDAS" (clique aqui e leia), disserta a ótica "imparcial" dos pró-liberação das drogas ilícitas a fim de vencer a guerra contra ela e da preocupação com a impunidade de quem mata no trânsito.

Cláudio Manoel defende bem a tese de que deixar os viciados em drogas morrerem a morte imposta pelas políticas adotadas atualmente é sim massacre legalizado, velado e sem remorsos. Só que a base para o raciocínio circular, ali no texto, é um tendão de Aquiles gravemente frágil: o pragmatismo. Já explico o que é isso.

Se saio pelas ruas do Rio a catar várias garrafinhas de água mineral vazias e as encho de água da torneira e depois passo a vendê-las nos cruzamentos da cidade, dará certo. MAS NEM TUDO O QUE DÁ CERTO É O CERTO A FAZER. E é justamente esta a essência do pragmatismo atual: faça o que dá certo, sendo certo ou não. A idéia é considerada verdadeira se funciona. Mas no caso do texto em questão, Cláudio Manoel usa o utilitarismo, onde se afirma que o curso de ação correto é o que trouxer maior benefício, neste caso, a liberação das drogas para se diminuir drasticamente as mortes de usuários por causas das repressões e instrumentos de coibir a sua difusão.

Mentir pode ser benéfico para evitar um mal ou atingir um determinado benefício às custa de outrem ou de outra coisa, mas os resultados nunca tornarão as mentiras em verdades. A filosofia ética também confunde causa com efeito. Uma idéia não é verdadeira porque funciona; ela funciona porque é verdadeira. E como vamos julgar o que "deu certo" então? 

Neste texto, subjetivamente, usa-se estatísticas para explicitar argumentos, ou seja, apenas o conhecimento prático é tido como verdadeiro; apenas os métodos científicos testam a verdade e é o que está por trás dos argumentos também. Isso, aparentemente, torna absoluto e sem reservas o método de comprovações, verificações e dissecação do problema. No entanto, no que tange a preocupações éticas, mortes no trânsito por alcoolemia, ou consequência dela, e mortes de usuários de drogas, ou não, consequentes de políticas repressivas, não tem critério objetivo como há na ciência. O sucesso do resultado obtido assim só poderá ser determinado por uma perspectiva subjetiva, pessoal e míope.

É notório que agora virou moda, por exemplo, super heróis assassinarem mortais no trânsito (Thor que o diga...) e nada, simplesmente nada à altura do dano causado, ser imposto ao infrator. A vítima simplesmente foi vítima, do acaso, da fatalidade,  e "nada se pôde fazer". Nada, até a primeira latinha de bebida alcóolica, que já altera em muito o estado de alerta de qualquer condutor responsável, ser tomada. Até ali, ainda era possível se fazer algo. É vergonhoso ao extremo ter a reputação de um Eike Batista manchada pela comprovação de que sua educação, se for a das melhores, não foi passada ao filho e, se foi passada, não é a das melhores.

Só de chegar perto, faremos juízo de valor de quem consumiu bebida alcóolica. Mas quantos de nós, sejamos sinceros, de verdade, quantos de nós abraçamos todos os dias, por exemplo, nosso(as) filhos(as) e, de tão corriqueiro ser este ato, perceber que há algo errado no ar, a ponto de perceber que ele(a) não está no seu normal? Na sua grande maioria, A DROGA NÃO TEM CHEIRO. Quantos de nós, ao contrário do Facebook, Twitter, Orkut, etc. , estamos regularmente presentes nas vidas desses inúmeros amigos e parentes, a ponto de fazer uma pergunta simples e visual que pode salvar a vida: FULANO(A), VOCÊ ESTÁ BEM? Fazer isso dá trabalho. Dá "problema". Incomoda. Toma tempo.

A abordagem da percepção do problema DROGAS ILÍCITAS exige, de quem realmente quer se preocupar, uma atitude mais que científica: ela exige algo moral. E essa moral relacional muitas vezes custa e custou caro, e por isso se faz presente a DROGA, pois o indivíduo está procurando novas pontes de relacionamento destruídas pelos muros erigidos silenciosamente. Esse é o primeiro contato e diagnóstico. Nem sempre vem com orgulho: a vergonha é a prima pobre dessa situação e ao lado dela, ninguém quer andar ( que o diga a polícia e o Governo de São Paulo ao expulsar a crackolândia do mapa). Veja bem, a utopia reside na inércia de quem lê isso e nada faz, e não em quem grita e quer mudar.

Então, porque não conseguimos vencer as batalhas contras as drogas, devemos entregar nossos(as) filhos(as) a uma mesa de rodada de psicotrópicos? Que juiz permitiria que alguém fizesse o seguinte gracejo como juramento: "O QUE FOR CONVENIENTE, TODO O CONVENIENTE, NADA MAIS QUE O CONVENIENTE" ? Você permitiria? São os seus que estão em jogo.

Porque não conseguimos vencer a batalha contra a corrupção no governo, criemos uma lei que determine quantos por cento cada um pode roubar; porque não conseguimos vencer a luta contra a pedofilia, determinemos quantas crianças poderão ser estupradas por cada pedófilo em cada orfanato, escola, favela, família, festas, etc.; porque não conseguimos vencer a luta contra a criminalidade, liberemos a faixa etária para maior para que indivíduos que fazem roubos e assassinatos tenham tempo de se regenerar. São absurdos, são sim. Mas estou usando a lógica pragmática.

As políticas repressivas usadas atualmente para coibir e mitigar a difusão das drogas no Brasil é algo grotesco mesmo. Estamos longe de estar perto dos cem por cento de vigilância e repressão em fronteiras, escalões do governos, polícias e instituições; mas ao mesmo tempo a estrutura de saúde, educacional, laborial, legal, social, religiosa, moral e básico-familiar não existe para permitir o luxo de dizer: HOJE, SÓ É USUÁRIO DE DROGAS QUEM QUER.

Meu amigo Cláudio Manoel, parabéns pela preocupação e cosmovisão lúcida do problema. Mas o debate ainda vai longe.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O HOMEM DO FUTURO - Com Wagner Moura e Aline Moraes


Indico aos meus leitores uma dica de filme brasileiro genial: O HOMEM DO FUTURO. Fala sobre um grande cientista que numa tentativa de criar uma nova forma de energia acaba descobrindo um meio de viajar no tempo. Daí decorre a trama que fala sobre o amor duradouro, mudança do passado e o que poderíamos ser. O mais legal é vê-los cantando a música TEMPO PERDIDO, do Legião Urbana! Vale a pena assistir!

O filme completo, além das locadoras, pode ser encontrado no youtube.

Veja o clipe em : http://www.youtube.com/watch?v=jmkCk5EmSG0&feature=relmfu

terça-feira, 8 de maio de 2012

Para nossa alegria, Alexandre Henderson e a imagem midiática do negro no Brasil

A imagem do negro na mídia brasileira está conformada e condicionada a certos padrões. Choca, ao ver na TV, negro(a) bem sucedido ou casado(a) com outro que não seja negro(a); causará estranheza o fato de que em uma propaganda daquele carro de luxo que é seu sonho de consumo, ao final, sair um negro da direção do mesmo, ou ainda que em momento algum você verá na Globo uma consultora de moda negra falando ao  Jornal Hoje dando dicas de moda, por exemplo.

A estigmatização é tão forte no cotidiano que, ao apresentarmos um amigo nosso que seja negro, involuntariamente nos apressamos em seguida a dizer sua profissão ou sua condição ou fator que justifique nossa amizade com ele, ao passo que poderíamos dizer simplesmente "este(a) é meu amigo fulano(a)".

A tirada para o mundo dos memes da dupla de irmãos, hoje chamada de Para Nossa Alegria, reside justamente no fato de serem "engraçadamente" negros e "humildes", não menos do que isso. Essa é a condição que lhes cabe, segundo o imaginário cultural brasileiro e os comentários nos vídeos do youtube. E para ratificar isso, ou seja, confirmar com todas as letras e entrelinhas de que é isso mesmo, é assim que pensam a mídia e sua massa, lançaram novo vídeo na internet (veja aqui http://www.youtube.com/watch?v=WnYQYK94M80&feature=player_embedded ) onde letra deixa bem claro o porque disso.

O outro lado desse sintoma cultural é a de o negro não se perceber como dentro do padrão socialmente aceito  para qualquer ser humano comum. A começar que, invariavelmente, um negro olhará outro negro que seja, quando estiver num restaurante, num shopping, ou passando bem vestido e altaneiramente lendo seu jornal matinal pela rua. Esse olhar, não é aquele despreocupado: é algo culturalmente involuntário e com a ponta de admiração em ver que ultrapassaram o padrão social midiático imposto. É difícil, na maioria das vezes, até mesmo as suas crianças se estabelecerem fora desse patamar pois a carga de condicionamento sobre elas é ainda maior (veja exemplo em http://www.youtube.com/watch?v=pgCkC1BultQ ).

Não escapou disso o nosso apresentador Alexandre Henderson, em entrevista no Jô Soares. O que se esperava dali, pelo fato de Alexandre apresentar um programa sobre o saber e conhecimento de alto nível, era que o papo, além do particular, transcorresse no patamar esperado para o trabalho que desenvolve. Ledo engano. O entrevistado, num arroubo de de sentimento de se "desculpar e agradecer" pelo fato de estar ali e fazer o que faz, externou em nível máximo a exaltação de que subjetiva de que "gente, sendo negro e passar por tudo que passei, tô aqui viu!", ao passo que, visivelmente frustrado por não ser mais frutífero o papo esperado e anunciado, Jô soares teve de interromper esse turbilhão e encerrar a entrevista, onde nem mesmo, na multidão de palavras do entrevistado, conseguiu ter respostas objetivas às perguntas feitas, como a qualquer um que ali vai.

Sinceramente e desoladamente, não sei e não sabemos quando isso realmente vai mudar. O ódio sobre as cotas não é sobre privilégio social, é sobre o "racial" mesmo, pois vai contra o que midiaticamente estamos propensos a ver: vê-los a pé, vê-los suando, vê-los fedendo, vê-los como empregadas domésticas, vê-los como braçais, vê-los como malandros, vê-los como perigosos e mudar de calçada e/ou segurar sua bolsa, vê-los como indesejáveis e ficar em pé mesmo que no ônibus só tenha aquele lugar ao lado dele, vê-los como sujos ao apertar a sua mão e vistoriá-la visualmente antes de apertar ou não deixar que no aperto a palma da sua encoste totalmente na dele, vê-los como intrusos num restaurante de luxo, vê-los sempre como privilegiado dentro de sua sala de aula em medicina ou direito, vê-lo como impossível diretor daquela conceituada escola onde você matriculou seus filhos.

Não sabemos quando.

sábado, 7 de abril de 2012

RELIGIÃO E MARKETING

Na pré-modernidade, Deus ocupava o centro de tudo. Na modernidade, o homem passou a ser o centro e na pós-modernidade não temos mais centro.

PÁSCOA X MICHEL TELÓ, PARA NOSSA ALEGRIA E OUTROS BICHOS

É páscoa de 2012. É estranha a crença de que devemos comer somente peixe na páscoa, já que a primeira vez em que foi celebrada o alimento era o CORDEIRO (Êxodo capítulo 12, Bíblia Sagrada). Coitados do pobres nesta época do ano: estarão sendo acusados de sacrilégio e pecado, pois não podem comer o bacalhau ou outro fruto do mar que o valha. Ovos de páscoa Garoto? Lacta?  Nestlé? Bombons? Chocolate? Não. Nada disso tinha a ver com o cordeiro.

Milhares que estão comendo uma feijoada nesta páscoa, carne moída com macarrão,  linguiça, salsicha, frango, bisteca de porco, costela ensopada, dobradinha...Pai,"perdoa-os" porque não sabem o que fazem. (perdoar quem? O pobre ou os que comem peixe?)

É Páscoa de 2012. Michel Teló retornou da Europa com o seu sucesso chiclete. É grande a torcida de que tenha um inspiração real para nova composição afim de garantir sua carreira de cantor e a integridade do sertanejo no Brasil (que o diga Sérgio Reis, Zezé di Camargo & Luciano, Xitãozinho & Xororó...) e também a MPB de qualidade.

Por outro lado, a cultura em relação ao que é belo, correto e verdadeiro anda tão escassa na internet que achar legal uma dupla de irmãos avacalhar a lendária música OS GALHO SECOS, tão cantada nos templos congregacionais de outrora, em momentos de contrição, é sinal de falta de referência. Perdeu-se o referencial dos objetos usados para cultuar e levaram para o relativismo que o fim alcançado (fama repentina? que serão beneficiados pois são pobres? que demonstram alegria? qual fim?) justificam os meios empregados. Essa geração XBOX - PLAYSTATION - FAST - FOOD - COCA-COLA não preza por nada consistente mesmo. 

No final de tudo (como na música de Paulo Cezar, Grupo Logos), no final de tudo mesmo, dos tempos e coisa e tal, Deus não perguntará isso, claro...isso é fichinha. Mas certamente perguntará o quão sério e que grau de compromisso foi empenhado para não levar Seu nome em vão e tudo o que está ligado a Ele.

sábado, 12 de novembro de 2011

COISAS DO CORAÇÃO

Amar é sempre ser vulnerável. Ame qualquer coisa e certamente o seu coração vai doer e talvez partir-se. Se quiser ter a certeza de mantê-lo intacto , você não deve entregá-lo a ninguém , nem mesmo a um animal. Envolva- se cuidadosamente nos seus hobbies e pequenos luxos, evite qualquer envolvimento, guarde-o na segurança do esquife do seu egoísmo. Mas nesse esquife – seguro , sem movimento , sem ar – ele vai mudar. Ele não vai partir-se – vai tornar- se indestrutível, impenetrável , irredimível. A alternativa a uma tragédia ou pelo menos ao risco de uma tragédia é a condenação. O único lugar além do céu onde se pode estar perfeitamente a salvo de todos os riscos e perturbações do amor é o inferno.

Nenhum homem sabe quão mau ele é, até que ele tenha tentado de toda maneira ser bom. Uma idéia tola, mas muito atual é que as pessoas boas não conhecem o significado ou não passam por tentações. Isto é uma mentira óbvia. Só aqueles que tentam resistir a tentação, sabem quão forte ela é. Afinal de contas, você descobre a força do exército inimigo lutando contra ele, não cedendo a ele. Você descobre a força de um vento, tentando caminhar contra ele, não se deitando ao chão. Um homem que cede ante a tentação depois de cinco minutos, simplesmente não sabe o que teria acontecido se tivesse esperado uma hora. Esta é a razão pela qual as pessoas ruins, de certa forma, sabem muito pouco sobre sua maldade. Elas viveram uma vida abrigada por estarem sempre cedendo. Nós nunca descobrimos a força do impulso mau dentro de nós, até que tentemos lutar contra ele; e Cristo, porque Ele foi o único homem que nunca se rendeu a tentação, também é o único homem que conhece completamente o que tentação significa. Ele é o único realista no total sentido da palavra.

Assim é a nossa vida aqui. A coisa que lhe dá horror, que lhe parece quase impossível, é entregar todo o seu ser — todos os seus desejos e precauções — a Cristo. Mas isso é muito mais fácil que aquilo que todos nós tentamos fazer. Pois o que cada um tenta fazer é continuar sendo aquilo que chama de “ele mesmo”, é continuar tendo a felicidade pessoal como grande objetivo na vida, e ao mesmo tempo ser “bom”. Cada um tenta deixar que sua mente e seu coração sigam seus próprios caminhos — centrados no dinheiro, no prazer ou na ambição —, e apesar disso tem a esperança de se comportar de modo honesto, casto e humilde. Mas é exatamente isso que Cristo nos advertiu que não se pode fazer. Como ele disse, não se geram figos dos abrolhos. Enganoso é o coração do homem.

O verdadeiro problema da vida cristã se apresenta num contexto em que geralmente não esperamos encontrá-lo: apresenta-se no momento em que você acorda de manhã. Todos os seus desejos e esperanças para aquele dia avançam em sua direção como bestas selvagens. E, a cada manhã, sua primeira tarefa é simplesmente a de repeli-los; é a tarefa de ouvir aquela outra voz, assumir aquele outro ponto de vista, abrir caminho para aquela outra vida, uma vida maior, mais forte e mais silenciosa. E assim também no restante do dia: distanciar-se de todas as suas manhas e ressentimentos naturais; sair do vendaval.

No começo, só nos é possível fazer isso por alguns instantes. Mas, a partir desses instantes, esse novo tipo de vida se dissemina pelo nosso organismo: pois agora deixamos que ele trabalhe sobre a parte correta do nosso ser: é essa a diferença que existe entre uma tinta, que se deposita simplesmente sobre a superfície, e um pigmento ou tintura que penetra no fundo. As palavras dEle nunca foram vagas e idealistas. Quando disse “Sede perfeitos”, Ele estava falando sério.

Queria dizer que temos de fazer o tratamento completo. Não é fácil: mas a solução de meio-termo pela qual ansiamos é muito mais difícil – na verdade, impossível. Pode ser difícil para um ovo transformar-se numa ave; mas seria muitíssimo mais difícil aprender a voar sem deixar de ser ovo.

Atualmente, nós somos como ovos. O problema é que ninguém pode continuar sendo um ovo para sempre. Ou o pássaro quebra a casca ou apodrece.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O ESTADO BRASILEIRO É LAICO?


O ESTADO BRASILEIRO, DE MODO ALGUM É LAICO. O ESTADO BRASILEIRO É ACONFESSIONAL.
Nossa pátria não proíbe que seus cidadãos professem crença ou religião.
Ela também não obriga nenhum de seus nobres cidadãos a adotar quaisquer crença ou religião.
Como cidadão brasileiro, gozando dos meus plenos direitos sou amparado, protegido pelo ordenamento jurídico do meu país e minha liberdade privativa de ser religioso, de professar minha religião e de praticar essa religião de modo público.

Na forma da lei, eu, como brasileiro tenho LIBERDADE de professar e manifestar minhas convicções religiosas, me sendo garantido proteção contra toda forma de ataque a mim enquanto religioso e a minha prática religiosa.

ESTADO ACONFESSIONAL significa o Estado INDIFERENTE aos cultos quaisquer:
- Ele não adota nenhuma religião,
- Não oficializa nenhuma,
- Não impõe nenhuma,
- No seu dogma, no seu culto e nas suas práticas;
- Não discrimina nem proíbe nenhuma religião.
- Mas, as administra, incentiva o valor religioso.

Ele é diferente do ESTADO LAICO (ATEU), que adota uma atitude em face das religiões, a de PROIBI-LAS, ou seja:

- Ele torna ilegais as manifestações religiosas:
- Ele interfere na liberdade de consciência das pessoas.
- Ele não reconhece a existência de nenhuma religião;
- Ele se ver um estado totalmente desprovido de influência religiosa.
ESTADO CONFESSIONAL é o que adota uma atitude em face das religiões, a de IMPOR uma delas, que oficializa:
- Ele adota-a como credo oficial a que as pessoas estão obrigadas e que serve de critério de qualificação legal delas.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL – 1988
Título III
Da Organização Político-Administrativa
Capítulo I
Da Organização Político-Administrativo
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvenciona-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.
(…)
III – Criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. (grifos e destaques meus).
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL – 1988
Título II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
Capítulo I
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
Art. 5
VI – É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as liturgias.
VII – É assegurado, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;

- A Lei n 6.923 de 29 de junho de 1981, dispõe sobre o serviço de Assistência Religiosa nas Forças Armadas.

- A Lei n 9.982 de 14 de julho de 2000, dispõe sobre a prestação de assistência religiosa nas entidades hospitalares públicas e privadas, bem como nos estabelecimentos prisionais civis e militares.

VIII – Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei
CÓDIGO PENAL BRASILEIRO – 1940
Título V
Dos Crimes Contra o Sentimento Religioso e Contra o Respeito aos Mortos
Capítulo I
Dos Crimes Contra o Sentimento Religioso
ULTRAJE A CULTO E IMPEDIMENTO OU PERTURBAÇÃO DE ATO A ELE RELATIVO
Art. 208 – Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso:
Pena: detenção de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa.

Parágrafo Único – Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência.

A Constituição de 88 trouxe o seguinte PREÂMBULO:
“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, SOB A PROTEÇÃO DE DEUS, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.” (grifos meus)
Autor: Rev. Jucelino Souza.
Fonte: [ Blog do autor ]
Extraído do artigo: Sou Brasileiro: tenho direito de ser Religioso na forma da lei.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

REVISTA VEJA E EDITORA ABRIL: APOIADORES DO RACISMO NO BRASIL

Eu não compro mais REVISTA VEJA e nenhuma revista da Editora Abril e outros produtos  ligados ao Grupo Abril. VEJA o motivo:


Grupo racista compra parte da editora Abril “revista VEJA” e justiça quer explicações.

Uma empresa que só existe no papel conseguiu a façanha de comprar parte da Editora Abril. O negócio de quase novecentos milhões de reais chamou a atenção da Receita Federal.

Confira a matéria exibida dia 17/04, terça-feira, no Jornal da Band.” Essa é a chamada da Rede Bandeirantes para uma denúncia de violação da Constituição e crime fiscal, numa operação de compra da maior editora brasileira, via grupo racista Sul Africano chamado NASPER.



A Naspers tem sua origem em 1915, quando surgiu com o nome de Nasionale Pers, um grupo nacionalista africâner (a denominação dos sul-africanos de origem holandesa, também conhecidos como bôeres, que foram derrotados pela Grã-Bretanha na guerra que terminou em 1902). Este agrupamento lançou o jornal diário Die Burger, que até hoje é líder de mercado no país. Durante décadas, o grupo, que passou a editar revistas e livros, esteve estreitamente vinculado ao Partido Nacional, a organização partidária das elites africâneres que legalizou o detestável e criminoso regime do apartheid no pós-Segunda Guerra Mundial.
Como relata Renato Pompeu, “dos quadros da Naspers saíram os três primeiros-ministros do apartheid”. O primeiro diretor do Die Burger foi D.F. Malan, que comandou o governo da África do Sul de 1948 a 1954 e lançou as bases legais da segregação racial. Já os líderes do Partido Nacional H.F. Verwoerd e P.W. Botha participaram do Conselho de Administração da Naspers. Verwoerd, que quando estudante na Alemanha teve ligações com os nazistas, consolidou o regime do apartheid, a que deu feição definitiva em seu governo, iniciado em 1958. Durante a sua gestão ocorreram o massacre de Sharpeville, a proibição do Congresso Nacional Africano (que hoje governa o país) e a prolongada condenação de Nelson Mandela.
Já P. Botha sustentou o apartheid como primeiro-ministro, de 1978 a 1984, e depois como presidente, até 1989. “Ele argumentava, junto ao governo dos Estados Unidos, que o apartheid era necessário para conter o comunismo em Angola e Moçambique, países vizinhos. Reforçou militarmente a África do Sul e pediu a colaboração de Israel para desenvolver a bomba atômica. Ordenou a intervenção de forças especiais sul-africanas na Namíbia e em Angola”. Durante seu longo governo, a resistência negra na África do Sul, que cresceu, adquiriu maior radicalidade e conquistou a solidariedade internacional, foi cruelmente reprimida – como tão bem retrata o filme “Um grito de liberdade”, do diretor inglês Richard Attenborough (1987).
Os tentáculos do apartheid
Renato Pompeu não perdoa a papel nefasto da Naspers. “Com a ajuda dos governos do apartheid, dos quais suas publicação foram porta-vozes oficiosos, ela evoluiu para se tornar o maior conglomerado da mídia imprensa e eletrônica da África, onde atua em dezenas de países, tendo estendido também as suas atividades para nações como Hungria, Grécia, Índia, China e, agora, para o Brasil. Em setembro de 1997, um total de 127 jornalistas da Naspers pediu desculpas em público pela sua atuação durante o apartheid, em documento dirigido à Comissão da Verdade e da Reconciliação, encabeçada pelo arcebispo Desmond Tutu. Mas se tratava de empregados, embora alguns tivessem cargos de direção de jornais e revistas. A própria Naspers, entretanto, jamais pediu perdão por suas ligações com o apartheid”.
Segundo documentos divulgados pela própria Naspers, em 31 de dezembro de 2005, a Editora Abril tinha uma dívida liquida de aproximadamente US$ 500 milhões, com a família Civita detendo 86,2% das ações e o grupo estadunidense Capital International, 13,8%. A Naspers adquiriu em maio último todas as ações da empresa ianque, por US$ 177 milhões, mais US$ 86 milhões em ações da família Civita e outros US$ 159 milhões em papéis lançados pela Abril. “Com isso, a Naspers ficou com 30% do capital. O dinheiro injetado, segundo ela, serviria para pagar a maior parte das dividas da editora”. Isto comprova que o poder deste conglomerado, que cresceu com a segregação racial, é hoje enorme e assustador na mídia brasileira.
Os interesses alienígenas 
Mas as relações alienígenas da revista Veja não são recentes nem se dão apenas com os racistas da África do Sul. Até recentemente, ela sofria forte influência na sua linha editorial das corporações dos EUA. A Capital International, terceiro maior grupo gestor de fundos de investimentos desta potência imperialista, tinha dois prepostos no Conselho de Administração do Grupo Abril – Willian Parker e Guilherme Lins. 

Em julho de 2004, esta agência de especulação financeira havia adquirido 13,8% das ações da Abril, numa operação viabilizada por uma emenda constitucional sancionada por FHC em 2002. A Editora Abril também têm vínculos com a Cisneros Group, holding controlada por Gustavo Cisneros, um dos principais mentores do frustrado golpe midiático contra o presidente Hugo Chávez, em abril de 2002. O inimigo declarado do líder venezuelano é proprietário de um império que congrega 75 empresas no setor da mídia, espalhadas pela América do Sul, EUA, Canadá, Espanha e Portugal. Segundo Gustavo Barreto, pesquisador da UFRJ, as primeiras parcerias da Abril com Cisneros datam de 1995 em torno das transmissões via satélites. 

O grupo também é sócio da DirecTV, que já teve presença acionária da Abril. Desde 2000, os dois grupos se tornaram sócios na empresa resultante da fusão entre AOL e Time Warner. Ainda segundo Gustavo Barreto, “a Editora Abril possui relações com instituições financeiras como o Banco Safra e a norte-americana JP Morgan – a mesma que calcula o chamado ‘risco-país’, índice que designa o risco que os investidores correm quando investem no Brasil. Em outras palavras, ela expressa a percepção do investidor estrangeiro sobre a capacidade deste país ‘honrar’ os seus compromissos. Estas e outras instituições financeiras de peso são os debenturistas – detentores das debêntures (títulos da dívida) – da Editora Abril e de seu principal produto jornalístico. Em suma, responsáveis pela reestruturação da editora que publica a revista com linha editorial fortemente pró-mercado e anti-movimentos sociais”. 

Um ninho de tucanos 
Além de ser controlada por grupos estrangeiros, a Veja mantém relações estreitas com o PSDB, que é o núcleo orgânico do capital rentista, e com o PFL, que representa a velha oligarquia conservadora. Emílio Carazzai, por exemplo, que hoje exerce a função de vice-presidente de Finanças do Grupo Abril, foi presidente da Caixa Econômica Federal no governo FHC. Outra tucana influente na família Civita, dona do Grupo Abril, é Claudia Costin, ministra de FHC responsável pela demissão de servidores públicos, ex-secretária de Cultura no governo de Geraldo Alckmin e atual vice-presidente da Fundação Victor Civita. 

Não é para menos que a Editora Abril sempre privilegiou os políticos tucanos. Afora os possíveis apoios “não contabilizados”, que só uma rigorosa auditoria da Justiça Eleitoral poderia provar, nas eleições de 2002, ela doou R$ 50,7 mil a dois candidatos do PSDB. O deputado federal Alberto Goldman, hoje um vestal da ética, recebeu R$ 34,9 mil da influente família; já o deputado Aloysio Nunes, ex-ministro de FHC, foi agraciado com R$ 15,8 mil. Ela também depositou R$ 303 mil na conta da DNA Propaganda, a famosa empresa de Marcos Valério que inaugurou um ilícito esquema de financiamento eleitoral para Eduardo Azeredo, ex-presidente do PSDB. Estes e outros “segredinhos” da Editora Abril ajudam a entender a linha editorial racista da revista Veja e a sua postura de opositora radical ao governo.

sábado, 25 de junho de 2011

BRASILIDADES...

O que será do Brasil sem Forças Armadas motivadas?

Por Pedro Porfírio

"Ao contrário do que os brasileiros pensam, a Amazônia não é só deles, mas de todos nós."

(Al Gore, ex-Vice Presidente americano, Premo Nobel da Paz de 2007 e grande estrela da mídia como "defensor do meio ambiente"-.)

Ao debruçar-me com a devida responsabilidade sobre as políticas públicas para as Forças Armadas, não posso esconder minha perplexidade.

Você não tem uma idéia da sucessão de erros que projeta um buraco gigantesco num amanhã bem próximo. A permanecer a tendência atual, daqui a pouco não será fácil encontrar quem queira servir às Forças Armadas, tal a baixa competitividade dos seus vencimentos, em todos os escalões, e a falta de condições operacionais, fatores que afetam em cheio a dignidade de um segmento envolto numa mística e em compromissos que vão além da paixão e dos deveres profissionais.

Eu diria que essa coleção de equívocos e até de imprudentes solapamentos ganhou uma configuração mais nítida a partir da criação do Ministério da Defesa, segundo o modelo norte-americano, que acabou confiando o conjunto dos complexos assuntos militares a pessoas sem a necessária vivência dos mesmos, sem compreensão estratégica do papel militar e sem o conhecimento e cultura indispensáveis a respeito.

Um desastre após outro
O resultado dos últimos anos tem sido um desastre após outro, com a triste rotina de uma verdadeira queda de braços - humilhante porque, na hora de botar a boca no mundo, como é da essência da sociedade democrática, os militares precisam se valer de suas esposas, dos inativos ou recorrer a subterfúgios como doar sangue para expressar seu descontentamento.

Esse quadro deprimente produz um tipo de confronto silencioso, mas de ardilosa manipulação. Para qualquer um contingenciado pela disciplina, uma de suas místicas mais sagradas, toda essa indiferença à sua sorte tem conteúdo ideológico. É como se ele estivesse sofrendo a revanche de situações preteridas.

As aflições e os nervos à flor da pele engendram a idéia de que tudo não passa de uma conspiração de esquerda para reduzir a tropa a um estamento simbólico. Isso escamoteia a verdade "verdadeira". Está em prática uma "nova doutrina", alimentada pelas grandes multinacionais, especialmente os sistemas financeiros, a partir do fim da guerra fria e do fracasso dos beligerantes de ambos os lados, em face de fatores críticos novos e diferenciados, sobretudo pela mudança do viés da supranacionalidade e do avanço da tecnologia, com a superposição do segmento econômico de serviços sobre os industriais e agro-pastoris.

O Estado Mínimo

Para entender o que se passa em relação aos militares brasileiros, é preciso partir da análise do "Consenso de Washington" e de outras teses, que incluem a idéia do "Estado Mínimo", o fim das fronteiras nacionais e uma espécie de rearrumação do sistema de poder, que na prática já acontece com a interatividade internacional dos investimentos especulativos. Você pode se posicionar em relação às aplicações na Bovespa a partir das primeiras informações sobre o desempenho das bolsas asiáticas, num ritual que já subtrai sem constrangimento a independência dos centros nervosos da economia de cada país.

Isso quer dizer claramente: A macro-economia internacional engendrou outros referenciais e hoje não se pode dizer que esse ou aquele país nos ameaça. As hidras que se infiltram sobre nossos territórios não estão sujeitos a controles de nenhum país, de nenhum governo.

São grandes complexos econômicos que podem pagar às melhores cabeças e produzir controles remotos, robôs, tudo o que precisam para refazer o mapa do mundo.

Depois que descobriram as serventias do "terceiro setor", essas ONGs com discursos direcionados, os cabeças desses complexos concluíram, a partir de estudos científicos, que precisam bancar a miniaturização das Forças Armadas nos países alvos.

Mais do que qualquer outro país, o Brasil precisa de uma política militar sólida e fortalecida, independente dos outros, tanto pela dimensão do nosso território, a extensão das nossas fronteiras, como, principalmente, pela camuflada ocupação estrangeira de nossa maior riqueza, a Amazônia e da necessidade de proteger nossa "Amazônia Azul" - os 7.491 km de fronteira marítima, que formam a gigantesca Área Marítima Jurisdicional, (onde dispomos de grandes reservas de petróleo) de 4.451.766 k2, mais da metade (52 %) do território continental, de 8.511.965 km2.

A necessidade de um complexo militar em condições de cumprir suas funções de defesa vai muito além dos fantasiosos conflitos entre nações.

E exige uma revisão urgente, sem matizes ideológicos, porque o somatório de erros poderá ser fatal para a soberania do Brasil e para a vida da sociedade brasileira. Esses erros começam pelo virtual aniquilamento do serviço militar obrigatório, de tanta importância para nossa juventude sem rumos, até o desprezo pelo conhecimento, a dedicação e o patriotismo inerentes á vida na caserna.

Do jeito que as coisas estão indo, até os cursos superiores das Forças Armadas, que se incluem entre os melhores do Continente, vão acabar tendo sua finalidade deturpada: ao invés de formarem oficiais especializados, vão acabar se convertendo, como já acontece pontualmente, em produtores de profissionais altamente qualificados para as grandes multinacionais que pagam muito mais.

Nessa faina impatriótica de desmotivação dos militares, os interesses "ocultos" jogam com feridas não cicatrizadas e visões primárias de tecnocratas delirantes, os quais escondem da sociedade um perigoso vexame: segundo fontes merecedoras de crédito, a FAB só consegue operar com 37% de seu poder aéreo e todos seus aviões têm mais de 15 anos de uso. Na Marinha, de toda sua frota, apenas 10 navios estão em condições de combate. No Exército a sucatagem bélica é ainda maior. Segundo levantamento, por falta de investimentos, o Programa Nuclear Brasileiro já provocou um prejuízo de U$ 1,1 bilhão. Os equipamentos de artilharia são semi-obsoletos e estão em péssimo estado de conservação, sujeitos,inclusive, a um racionamento de combustível e à falta de peças.

Diante de um quadro de ostensiva depreciação do Estado e, dentro dele, de sua estrutura militar, é responsabilidade de todos, independente de ódios internalizados, procurarem entender o que realmente está por trás dessa trama, algo que faz do Brasil continental um dos países com menor participação dos gastos em defesa no seu PIB - menos de 1,6% contra 3% da média mundial, uma ninharia se considerarmos os 5% do Poder Judiciário e os 3,98% do tal superávit primário - as restrições orçamentárias para pagar os juros da dívida.

sábado, 18 de junho de 2011

A VERDADE: SUA NATUREZA ABSOLUTA (PARTE 2)

Na audiência designada de uma afirmação, toda verdade é uma verdade absoluta. Algumas afirmações realmente se aplicam apenas a algumas pessoas, mas a verdade dessas afirmações é tão absoluta para todas as pessoas em todo lugar em todas as épocas quanto uma afirmação que se aplica a todas as pessoas em geral. "Injeções diárias de insulina são essenciais para a sobrevivência" aplica-se a todas as pessoas com algumas formas crônicas de diabetes. Essa afirmação tem uma audiência designada e aplicada. Não pretende ser uma verdade que se aplica a todo mundo. Mas, se ela se aplica a Paulo, é a verdade sobre Paulo para todo mundo. A advertência de que essa afirmação é falsa para pessoas com um pâncreas saudável não deprecia a verdade da afirmação no seu universo de discurso - diabéticos aos quais é adequadamente dirigida.

Um professor de frente para os alunos na sala de aula, diz: "a porta desta sala está à minha direita". Mas ela está a esquerda dos alunos. Os relativistas argumentam que certamente esta é uma verdade relativa para o professor, já que é falsa para a classe. No entanto, pelo contrário, é igualmente verdadeiro para todos que a porta está à direita do professor. Essa é uma verdade absoluta. Jamais será verdadeiro para qualquer lugar, em qualquer época que a porta estava à esquerda do professor durante aquela aula naquele dia naquela sala de aula. A verdade de que a porta está à esquerda dos  alunos é igualmente verdadeira e absoluta. A verdade é o que corresponde aos fatos.

Como uma maçã velha, o relativismo pode ser bom na superfície, mas está podre por dentro.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A VERDADE: SUA NATUREZA ABSOLUTA (PARTE 1)

A relatividade da verdade é normalmente uma premissa do pensamento atual. Segundo as teorias da verdade relativa, algo pode ser verdadeiro para uma pessoa, mas não para todas as pessoas, ou pode ser verdadeiro numa época mas não em outra.

A natureza absoluta da verdade diz que o que é verdadeiro para uma pessoa é verdadeiro para todas as pessoas, épocas e regiões. A visão adequada e imparcial da verdade é a visão da correspondência. Verdade factual é a que corresponde aos fatos. É o que corresponde à situação real que está sendo descrita.. É o que corresponde à realidade.

A correspondência se aplica a realidades abstrata e factuais. Há verdades matemáticas. Há verdades sobre idéias. Em cada caso há uma realidade, e a verdade expressa precisamente.

Falsidade é o que não corresponde, não é a realidade nua e crua e representa mal a maneira como as coisas realmente como são. A intenção por trás da afirmação é irrelevante. Se não há correspondência adequada, ela é falsa.

Todas as visões de não correspondência da verdade implicam correspondência, mesmo quando tentam negá-la. Por exemplo, a afirmação: "A VERDADE NÃO CORRESPONDE À REALIDADE" implica que essa afirmação corresponde à realidade. Assim, a visão de não correspondência não pode se expressar sem usar uma estrutura de correspondência como referência. Se as afirmações factuais de uma pessoa não precisam corresponder aos fatos para serem verdadeiras, qualquer afirmação factualmente incorreta é aceitável. Torna-se impossível mentir. Qualquer afirmação é compatível com qualquer situação.

Para saber se algo é verdadeiro ou falso, deve haver uma diferença real entre as coisas e as afirmações sobre as coisas. Mas correspondência é a comparação de palavras com as suas referências. Logo, uma visão de correspondência é necessária para entender afirmações factuais (afirmar os fatos).

A verdade não é determinada por voto majoritário. Vejamos as razões que muitas pessoas dão para achar que a verdade é relativa.

Primeiro, certas coisas só parecem ser verdade em certas ocasiões e não em outras. Por exemplo, muitas pessoas acreditavam no passado que a terra era plana. Agora sabemos que essa afirmação de verdade estava errada. Parece que esta verdade mudou com o passar do tempo. Será que mudou?

A verdade muda ou o conhecimento sobre o que é verdadeiro muda? Bem, certamente o mundo não mudou de cubo para esfera. O que mudou em relação a isso foi nosso conhecimento, não nossa terra. Ele mudou de um conhecimento falso para um verdadeiro.

(continua...)

domingo, 5 de junho de 2011

DÊ A OUTRA FACE...

Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; (MATEUS 5:39)

O cristão que diz que isso tem de ser tomado com ressalvas, será então obrigado a aceitar todas as outras duras declaraçoes de Nosso Senhor da mesma forma. Ninguém deixará de ter respeito pelo homem que faz isso, que em todas as oportunidades deu a quem lhe pediu e, por fim, deu tudo o que tinha aos pobres. Suponho que estou falando com este tipo de homem; pois quem acharia digno de responder à pessoa incoerente que leva as palavras de Cristo à la rigueur quando estas o dispensam de uma possível obrigação e as toma como opcionais quando exigem que deveria tornar-se pobre?

Há 3 maneira de entender "a outra face". Uma é interpretação pacificsta. Esta entende que o mandamento impõe o dever de não-resistência a todos os homens em todas as circunstâncias. Outra maneira é a interpretação reducionista: a afirmação não significa o que diz, mas é uma hipérbole, um exagero oriental de dizer que se deve tolerar muito e ser sereno. Tanto eu quanto você rejeitamos esse ponto de vista. O conflito está entre a pacifista e esta terceira opção: acredito que o texto quer dizer exatamente o que ele diz, mas com reserva de entendimento em favor dos casos obviamente excepcionais. Acredito que o dever de não-resistência deve-se aos casos em que atinja a mim particularmente o dever de revidar. Uma vez que o fato seja uma ofensa a mim praticada por meu próximo o desejo de minha parte em retaliar deve ser mortificado pelo Cristianismo. Mas caso entre em cena outros fatores, o problema se altera. Será que Cristo entendia que se você visse um louco homicida, ao tentar assassinar sua mãe por exemplo, você deveria manter-se à parte, se afastar do caminho, e deixá-lo matar a vítima? Acho que não seja este o entendimento. Ou se tivesse educando uma criança, criando, a melhor maneira seria deixá-la bater nos pais toda vez que tivesse uma crise de mau humor, ou quando tivesse roubando doces no supermercado, dar-lhe também o pote de mel? Acredito que não.

Acredito que o sentido das palavras estava perfeitamente claro: "VISTO QUE VOCÊ NÃO PASSA DE UM HOMEM COM RAIVA QUE ACABOU DE SER OFENDIDO, MORTIFIQUE SUA RAIVA E NÃO REVIDE A OFENSA". O que estava em foco aqui eram as relações pessoais cotidianas, nos quais não incluem os casos de ofensas à instituições, magistrados ou autoridades, onde há lei que impõem um revide natural em sua abrangência.

Então pensem bem: os conflitos que hoje se apresentam nos noticiários, mídias, formadores de opiniões e etc. contra a FÉ, e esta que falo não tem nada a ver com a lenda de "se jogar no vazio quando nada mais funciona", devem sim ser respondidos a altura, com veemência e vigor, dentro do que todas as leis e costumes permitem, afim de, uma vez por todas, desmitificar generalizações burras sobre o que é crer em Deus e consequentemente nao aceitar algumas práticas seculares.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

PRAGMATISMO DO FHC X GUERRA CONTRA AS DROGAS

Estes dias o político Fernando Henrique Cardoso (FHC), divulgou seu documentário onde afirma que a guerra contras as drogas é uma guerra perdida, por isso devemos aqui no Brasil legalizar a maconha.

Seguindo a mesma linha de raciocínio pragmático de FHC poderíamos então decidir:
* Que como a guerra contra acorrupção política é uma guerra perdida, temos que legalizar a porcentagem e/ou quantas vezes o político poderá ser corrupto;
* Que como a guerra contra policiais bandidos está perdida, temos de legalizar o quanto eles podem roubar em suas carreiras policiais;
* Que como a guerra contra a alfabetização e ensino no Brasil está perdida, aceitemos o novo livro do MEC de que não discrimine ninguém por falar errado nesta nova ORDE E PROGREÇO;
* Que como a guerra contra as brigas de galo está perdida, legalizemos os locais para isso;
* Que como a guerra contra a pedofilia está perdida, legalizemos locais, idades, escolas, famílias, orfanatos e outros afins onde podemos abusar e estuprar crianças;
* Que como a guerra contra o terrorismo está perdida, legalizemos um sindicato de terroristas para que possam discutir suas ações contra os governos antes de atacarem;
* Que como a guerra sobre a situação do sistema de saúde do Brasil está perdida, regulamentemos quantos pacientes os hospitais devem deixar morerr por dia;
* Que como a guerra contra a miséria, fome e discriminação racial e social está perdida, regulamentemos locais para estas pessoas viverem longe do pessoal da alta....mas bem longe mesmo....


Posso continuar indefinidamente nesta idéia pragmática do FHC. Imagino a quem interessa tanto que essa idéia seja difundida tão ferozmente.

Admiro não ter tido o mesmo recurso e tempo para produzir um documentário que falasse das mazelas que citei acima: falar sobre a fome no Brasil; falar sobre a dificuldade na saúde, educação, etc...Mas tinha de ser justamente sobre a DROGA DA DROGA....$$$ (de quem?)

O Brasil não tem um sistema de saúde capaz de atender os viciados que querem sair do vício. O Brasil não tem um sistema educacional eficaz que impeça os jovens de terem tempo para inclinarem-se ao vício. O Brasil não tem um sistema eficaz de segurança pública que impeça a droga de chegar onde não deveria chegar nunca. O Brasil não tem um salário mínimo adequado que impeça pessoas denominadas pela sociedade de SEM  QUALIFICAÇÃO, de venderem drogas. O Brasil não tem um sistema de leis que reprima exemplarmente os pedófilos, que por ventura podem oferecer drogas a crianças e praticarem suas barbáries.

O BRASIL NÃO TEM FERRAMENTAS FHC! E SE TIVESSE, NÃO SERIA NECESSÁRIO REGULAR A VENDA DE DROGAS, SABE PORQUÊ: HAVERIA ALGO MAIS IMPORTANTE A INVESTIR DO QUE ELA, A SABER, A VIDA PRÓPRIA.

sábado, 9 de abril de 2011

PRECISA-SE DE UMA IGREJA EM REALENGO...

Precisa-se de uma IGREJA em Realengo.
Uma igreja invisível, atuante, presente nos lares dos isolados, nas escolas, nos condomínios fechados, nas ruas de Realengo.

Precisa-se de uma IGREJA presente na vida dos órfãos WELLINGTONS, filhos de mães com problemas mentais.
Precisa-se de uma IGREJA que viva, mostre, doe, entregue, pratique, reafirme, chore, ria, o CRISTIANISMO CONTENDO O CRISTO JESUS DA BÍBLIA SAGRADA, e não o evangelho do vendedor de livros, DVDs, CDs, "VITÓRIA", "bençãos", "MISTÉRIO", da expansão de filiais do reino, etc.
Precisa-se de uma IGREJA em realengo que lembre que a ordem (para todos, sem exceção, com "chamado" ou não, com "dom" ou não) é o IDE E PREGAI e não o VINDE E ESCUTAI O MEU PASTOR FALAR NO PÚLPITO.
Precisa-se de uma IGREJA em Realengo que tenha algo o que dizer agora, nesse exato momento e instante, a todas as famílias das vítimas do massacre naquela escola.
Precisa-se de uma IGREJA em Realengo que mostre, com autoridade, ONDE ESTÁ DEUS AGORA?

Precisa-se de uma IGREJA em Realengo.
Quem souber onde ela está, entre em contato e alardeie a todos para que se encontrem o mais rápido possível.

segunda-feira, 7 de março de 2011

A VERDADE NÃO É ABSOLUTA?

Abro este post par uma serie de dialógos sobre um tema provocativo como é o título deste blog A VERDADE ABSOLUTA.

Este foi motivado pelas aulas de Antropologia Filosófica e visa um diálogo com o nosso caro colega Paulo Sergio Tometich, com intuito de, neste tema, colocar as nossas posições sobre este assunto tão instigante sobre a Verdade.

Acompanhem-nos nessa "viagem" que é a filosofia.

E começo aqui então com a pergunta: NÃO EXISTE VERDADE ABSOLUTA? que foi o motivo dessa conversa, ok?

Deixo os primeiros comentários com o nosso amigo Paulo, afim de que ele dê fundamento a razão de afirmar que ela não é absoluta.

Como diz o professor Carlos Euclides Marques: Avante Filosofantes!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Cientistas afirmam que não existe um “gene gay”


Uma equipe da Universidade de Illinois, que analisou todo o genoma humano, afirma que não existe um "gene gay".
 Num artigo publicado no jornal Human Genetics, eles disseram que fatores ambientais também podem estar envolvidos.
As conclusões incendeiam o debate sobre se a orientação sexual é uma questão de escolha.
Cromossomo
Segundo o chefe da equipe de pesquisadores, Brian Mustanski, boa parte das pesquisas anteriores sobre homossexualidade masculina se concentrou apenas no cromossomo X, passado para meninos por suas mães.

Os cientistas examinaram 22 pares de cromossomos não-sexuais de 456 pessoas, todas parte de 146 famílias com dois ou mais irmãos gays.
Eles encontraram diversos pedaços idênticos de DNA compartilhados por irmãos gays em outros cromossomos que não apenas o X.
Cerca de 60% desses irmãos compartilhavam DNA idêntico em três cromossomos.
"Nosso estudo ajuda a estabelecer que genes desempenham um papel importante em determinar se um homem é hetero ou homossexual", disse, acrescentando que outros fatores também são importantes.
"A melhor suposição é que genes múltiplos, potencialmente interagindo com influências ambientais, explicam diferenças em orientação sexual."
Alan Wardle, do grupo ativista gay Stonewall, disse: "É um estudo interessante que contribui para o debate".
"Independentemente de a orientação sexual ser determinada pela natureza, pela criação ou pelos dois, a coisa mais importante é que gays e lésbicas sejam tratados com igualdade e possam viver sem sofrer discriminação", afirmou ele.
Mustanski disse que o próximo passo será tentar confirmar as descobertas com novos estudos, e identificar genes particulares dentro das seqüências recém-descobertas que estão ligados à orientação sexual.
Fonte: BBC Brasil / Gospel Prime

quinta-feira, 22 de julho de 2010

STALLONE: SEUS FILMES + R$ 2,50 COMPRA UMA LATINHA DE REFRIGERANTE


Sylvester Stallone faz piadas de

mau gosto sobre o Brasil
22 de julho de 2010  22h18  atualizado às 23h28



Sylvester Stallone falou sobre 'Os Mercenários', filmado no Brasil Foto: Getty Images
Sylvester Stallone foi pra lá de indelicado com os brasileiros em coletiva na Comic-Con
Foto: Getty Images
FONTE: terra.com.br

    FÁBIO M. BARRETO
    Direto de San Diego
    "Gravar no Brasil foi bom, pois pudemos matar pessoas, explodir tudo e eles (os brasileiros) dizem obrigado", diz Sylvester Stallone, no painel de divulgação de seu filme Os Mercenários, durante a Comic-Con 2010. E se complicou ainda mais: "Obrigado, Obrigado e leve um macaco!", disse, imitando a voz de uma pessoa simplória.
    Instigado pelo moderador do evento, Harry Knowles, dono do famoso site Ain't It Cool News, Stallone fez piada com o Brasil e, finalmente, demonstrou seu verdadeiro descontentamento com as filmagens no Rio de Janeiro.
    Depois de sugerir problemas com a equipe de filmagem (cerca de 65 pessoas), em entrevista na semana passada, e inclusive mencionar o assunto no material oficial de divulgação do filme, o diretor e ator transformou a violência local em piada ao mencionar que foi necessário um grupo de 70 seguranças para garantir o bem estar de sua equipe.
    Além disso, comentou o símbolo do B.O.P.E "os policiais de lá usam camisetas com uma caveira, duas armas e uma adaga cravada no centro; já imaginou se os policiais de Los Angeles usassem isso? Já mostra o quão problemático é aquele lugar".
    A lavagem de roupa suja terminou com uma menção ao fato de "podermos ter explodido vários prédios, todos ficaram felizes e ainda trouxeram cachorros-quentes para aproveitar o fogo".