quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

FIM DE ANO

Espero, sinceramente, que nos conscientizemos do cristianismo autêntico e sem fermento. O cristianismo sem barganhas, sem "atrativos de vitórias" ou "bençãos" num pote no fim do arco-íris; pois afinal, Jesus entrou na cidade montado num jumentinho, não num Porsche; usava os vestidos que sua mãe teceu, e não uma jaqueta de couro ou um Armani legítimo; era saudado pelo povo simples e não pela medalha de honra ao mérito, ou grau de comendador ou ainda um anel de brilhantes ou uma página inteira de jornal.

Espero sinceramente que, antes que este tempo acabe, tenhamos certeza de que iremos para o céu, não por parecer bonzinhos aos nossos olhos, mas por aprender, dia após dia, a examinar se estamos praticando o que o Mestre nos mandou; se estamos seguindo os preceitos básicos da vida cristã: ama a Deus acima de todas as coisas, de todas as tuas forças, de todo teu coração e de todo teu entendimento...e ama ao teu próximo com a ti mesmo.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Teologia Gay

*(Matéria de capa da revista Defesa da Fé de maio/2000. A revista Defesa da Fé é uma publicação mensal do Instituto Cristão de Pesquisas, ICP)
"Não se enganem, não herdarão o reino de Deus os imorais, os que adoram ídolos, os adúlteros, os homossexuais, os ladrões, os avarentos, os bêbados, os difamadores, os marginais. Alguns de vocês eram assim. Mas foram lavados do pecado, separados para pertencerem a Deus e aceitos por ele por meio do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito do nosso Deus"
(Apóstolo Paulo em 1 Co 6.9 a 11 – BLH)
Quem vê as recentes conquistas do movimento gay (palavra inglesa que significa alegre, como adjetivo, e homossexual, como substantivo) na mídia e na sociedade nem imagina que até a década de 1950 não havia nenhum movimento organizado por homossexuais em prol de seus "direitos". Em apenas 50 anos, os homossexuais saíram do aparente anonimato para o status de defensores dos direitos humanos. O fenômeno, ao contrário de muitos outros movimentos sociais, não foi espontâneo. O plano foi cuidadosamente engendrado e paulatinamente executado, visando à homossexualização da sociedade, objetivo bem expresso na frase "o mundo é gay", cunhada pelos próprios militantes. E para neutralizar a oposição da Igreja, intelectuais e teólogos envolvidos na militância lançaram as bases do que hoje se chama "Teologia Cristã Gay". Preocupado com a influência dessa Teologia, o ICP convidou o Movimento pela Sexualidade Sadia (MOSES) para refletir e produzir a matéria que ora chega até você. Boa leitura!
CONTRADIÇÕES TEOLÓGICAS
Para validar seu comportamento, os militantes homossexuais recorrem a todo tipo de argumentação. À primeira vista, as pessoas menos informadas podem achar que as declarações dos ícones do movimento gay fazem sentido e se baseiam em fatos incontestáveis. Puro engano. Na verdade, esses argumentos não resistem a uma análise mais acurada e desprovida das motivações que estão por trás da maioria das afirmações dos mentores do movimento gay, incluindo sua teologia.
Luiz Mott, doutor em Antropologia e presidente do "Grupo Gay da Bahia", considerado o maior mentor intelectual do movimento gay no Brasil, utiliza argumentos teológica, histórica e cientificamente inconsistentes. Esses argumentos são, na verdade, importados dos Estados Unidos e da Europa, onde nasceu e se desenvolveu a chamada "Teologia Gay". Portanto, vamos nos ater a seus argumentos, tendo em vista que, analisando a Teologia de Mott, estaremos focando os principais postulados da "Teologia Gay" mundial. Por exemplo, em artigo publicado na revista SuiGeneris (periódico gay), Mott lança o seguinte desafio: "Jesus era gay?" Absurda em si mesma, a pergunta norteia toda a tendenciosidade do artigo. E como todas as seitas costumam fazer, Mott ataca diretamente a pessoa, o caráter e a missão de Jesus, esvaziando os conteúdos da fé cristã para tentar demonstrar que Jesus era gay.
Mott começa seu ataque levantando dúvidas quanto à existência histórica de Jesus de Nazaré. Causa estranheza que um doutor em Antropologia, supostamente familiarizado com a História, alegue a inexistência da maior personalidade de todos os tempos. Até mesmo os inimigos de Jesus deram testemunho dele. Isso para não falar que a própria História foi dividida entre antes e depois de Cristo. Se a existência de Jesus foi uma fraude, César, Nero, Napoleão e Hitler são meras projeções da mente humana, pois a mesma História registra a existência e os atos de cada um. Entre os testemunhos históricos extrabíblicos acerca de Jesus estão os de Flávio Josefo (historiador judeu 37-95 d.C.), do Talmude (coleção de doutrinas e comentários rabínicos acerca da Lei, elaborada a partir do primeiro século da Era Cristã), os Anais de Cornélio Tácito (historiador romano, morto em 120 d.C.), Caio Suetônio Tranqüilo (escritor e senador romano que viveu entre 69-141 d.C.), Plínio, o Moço (governador romano entre 62-113 d.C.), Adriano (imperador de Roma entre 117-138 d.C.), Luciano de Samosata (poeta grego do começo do segundo século), Júlio Africano (cronologista, comentando os escritos de um historiador samaritano chamado Talo, datados do ano 52 d.C.), Mar Bar-Serápio (prisioneiro sírio escrevendo uma carta a seu filho por volta do ano 73 d.C.). Corroborando os registros anteriores, Joseph Klausner, ex-professor de Literatura Judaica em Jerusalém, afirma em seu livro Jesus of Nazareth: "Se apenas possuíssemos estes testemunhos, saberíamos efetivamente que na Judéia viveu um judeu chamado Jesus, a quem chamaram o Messias, o qual fez milagres e ensinou o povo; que foi morto, por ordem de Pôncio Pilatos, por denúncia dos judeus..." Portanto, Luiz Mott precipita-se quando afirma que "a fé é sempre um passo no escuro". Os cristãos, além do resplendor da infalível e inerrante Palavra de Deus, possuem as luzes da História. É como disse Jesus: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, pelo contrário terá a luz da vida" (João 8.12).
Além das contradições no campo da História, Mott não perde a oportunidade de pecar contra a verdade bíblica no campo da Teologia. Em seu panfleto "O que todo cristão deve saber sobre homossexualidade", o "Grupo Gay da Bahia", instituição presidida por Luiz Mott, apresenta dez motivos por que a Bíblia supostamente não reprova o homossexualismo. Seu primeiro equívoco foi dizer que "a palavra homossexual só foi inventada em 1869... Portanto, como a Bíblia foi escrita entre dois e quatro mil anos atrás, não poderiam os escritores sagrados ter usado uma palavra inventada só no século passado". Isso demonstra total falta de compreensão sobre o que significam terminologia e conceito. A palavra homossexual, ou homossexualismo, é termo recente, mas o conceito é antigo. É o próprio Mott quem diz que "a prática do amor entre pessoas do mesmo sexo, porém, é muito mais antiga que a própria Bíblia". Portanto, a Bíblia fala sobre a prática homossexual mesmo sem utilizar a terminologia moderna, uma vez que o homossexualismo sempre foi contemporâneo dos escritores bíblicos. Mott vai além da guerra de palavras e ataca o Levítico afirmando que "do imenso número de leis do Pentateuco apenas duas vezes há referência ao homossexualismo (...) que inúmeras outras abominações do Levítico – como comer carne de porco ou o tabu em relação ao esperma ou ao sangue menstrual (...) foram completamente abandonadas". O que o antropólogo ignora é que se há duas referências ao homossexualismo no Pentateuco (Lv 18.22; 20.13), e ambas são proibitivas e punitivas, já se vê que Deus reprova a prática do homossexualismo sem necessidade de qualquer outro argumento. Além deste erro grosseiro, confundir preceito moral com cerimonial – ou seja, rituais – é um equívoco imperdoável mesmo para um iniciante em hermenêutica. Cerimônias foram removidas mediante o sacrifício de Cristo na cruz (Col. 2:14-17) Moralidade, não. Copiando na íntegra o desgastado argumento da homossexualidade entre Davi e Jônatas, Mott pergunta retoricamente: "Se o homossexualismo fosse prática tão condenável, como justificar a indiscutível relação homossexual existente entre o rei Davi e Jônatas?" Indiscutível sobre que bases? Na verdade, quando Davi disse que o amor que sentia por Jônatas ultrapassava o de mulheres, ficou claro que este amor não tinha qualquer conotação erótica. Vale destacar o comentário exegético do rabino Henry I. Sobel à revista Ultimato, de setembro/outubro de 1998: "... a palavra hebraica ahavá não significa apenas amor no sentido conjugal/sexual, mas também no sentido paternal (‘Isaque gostava de Esaú’, Gn 25.28), no sentido de amizade (‘Saul afeiçoou-se a Davi’, em 1 Sm 16.21), no sentido de amor a Deus (‘Amarás o Senhor, teu Deus’, em Dt 6.5) e no sentido de amor ao próximo (‘Amarás o próximo como a ti mesmo’, Lv 19.18). Em todos estes exemplos, o verbo usado na Torá (a Bíblia hebraica) é ahavá. É por razão lingüística – e não por falso pudor – que a maioria das traduções bíblicas cita 1 Samuel 1.26 assim: ‘Tua amizade me era mais preciosa que o amor das mulheres’." Amor das mulheres era algo que Davi conhecia muito bem. Sua poligamia com Mical, Abigail, Ainoã, Maaca, Agita, Abital, Eglá e seu adultério com Bate-Seba mostram que a maior dificuldade de Davi era a atração pelo sexo oposto (1 Sm 18.27; 25.42-43; 2 Sm 3.2-5; 11.1-27). Os "intelectuais" da militância gay teimam em ignorar os fatos. Além do problema com a História e a Teologia, revelam total desconhecimento da geografia da Terra Santa.
Argumentando sobre o texto de Eclesiastes 4.11 ("Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará?"), tentam demonstrar que num clima quente como o da Judéia dormir juntos só pode ter conotação erótica. Ignoram, porém, que em Israel também neva. Exemplo disso é o rigoroso inverno que em janeiro deste ano atingiu a Terra Santa, espalhando neve por toda parte. Além de acusarem Davi de homossexualidade, os militantes sugerem que Salomão – mulherengo como era! – teria escrito a favor do homossexualismo, o que não encontra respaldo hermenêutico no contexto do versículo que, na verdade, fala de cooperação mútua.
Falando sobre Sodoma e Gomorra, a militância gay afirma que quando os homens daquelas cidades pediram a Ló para conhecer os visitantes (os dois anjos com aparência humana) eles não pretendiam manter relações sexuais com eles: "...maliciosamente se interpretou o verbo ‘conhecer’ como sinônimo de ‘ato sexual’." É verdade, porém, que o verbo que aparece neste contexto é o hebraico yada, que tem vários significados e, segundo, especialistas, aparece mais de 900 vezes no Antigo Testamento, por exemplo: Saber – Gn 15.8; dar-se conta – Gn 3.9; reconhecer – Gn 12.11; conhecer pessoas – Gn 29.5; ser esperto em algo – 1 Rs 9.27; ter relações sexuais – Gn 4.1; 19.5; 19.8; Jz 19.22. Na história de Sodoma e Gomorra, esse verbo tem conotação sexual (Gn 19.5 – a ameaça dos homens o demonstra claramente), pois a resposta de Ló oferecendo suas duas filhas virgens só tem conotação sexual. Mas eles não queriam as mulheres. Seu desejo era homossexual. Uma das melhores traduções da Bíblia foi feita pelo judeu André Chouraqui e chama-se A Bíblia – No Princípio. A tradução literal em sua Bíblia é: "Faze-os sair até nós, vamos penetrá-los" (Gn 19.5). E: "Tenho duas filhas que homem algum jamais penetrou "(Gn 19.8). Isso está em completa harmonia com o ensino do Novo Testamento em Judas 7, que confirma que a intenção dos homens de Sodoma era realmente de violação homossexual, assim como o demonstram 2 Pedro 2.7-10 e 1 Timóteo 1.8-10 que lista diversas violações da lei colocando os sodomitas lado a lado com os parricidas, matricidas e roubadores de homens. "Não há evidência histórica ou arqueológica confirmando a real existência de Sodoma e Gomorra", dizem os militantes. Por que, então, eles perdem tanto tempo com toda a argumentação discutida até aqui? Entretanto, erram por não levar em consideração os últimos achados arqueológicos. Bryan Wood, diretor da Associates for Biblical Research (Associados para a Pesquisa Bíblica), afirma: "Quando empregamos as informações disponíveis das escavações e o emparelhamento geográfico destas cidades, podemos identificar Bab edh-Dhra como Sodoma, Numeria como Gomorra, es-Safi como Zoar, Feifa como Admá e Khanazir como Zeboim. Ele acredita que a evidência é imperiosa e por isso conclui: ‘Estas cidades da Era do Bronze Antigo, descobertas no país da Jordânia logo ao sudeste do Mar Morto, formam uma linha norte-sul ao longo da bacia sul do Mar Morto. Elas todas datam do tempo de Abraão e parece que são verdadeiramente as cinco cidades da planície mencionadas no Antigo Testamento’." (Stones cry out, livro a ser lançado pela CPAD sob o título "As pedras clamam").
Tentando neutralizar os escritos paulinos contra o comportamento homossexual, os militantes argumentam que as palavras afeminados e sodomitas empregadas em 1 Coríntios 6.9-11 foram mal traduzidas. Entretanto, as palavras gregas malakoi e arsenokoitai têm significados específicos. Malakoi significa "macio ao tato". Arsenokoitai é composta de duas outras palavras arsen (macho) e koitai (cama). Em outras palavras, esse termo se refere aos homens que vão para a cama com outros homens. Mas homossexualismo não é o único pecado sexual condenado na passagem em questão. Pornoi (fornicadores) e moichoi (adúlteros) mostram que não é só o homossexualismo que exclui pessoas do reino de Deus. Em contrapartida, o texto deixa claro que ninguém precisa permanecer excluído do reino, pois na igreja que estava em Corinto (cidade extremamente libertina onde o homossexualismo e a pedofilia eram considerados normais) havia alguns que deixaram o homossexualismo, bem como os outros pecados. "Jesus Cristo nunca falou nenhuma palavra contra os homossexuais!", bradam os militantes. Mais uma tentativa frustrada para perverter a simplicidade do Evangelho. O fato de Jesus nunca ter mencionado especificamente o homossexualismo não significa sua aprovação. Ele também não se pronunciou claramente sobre muitos outros problemas sociais, tais como: seqüestros, abuso sexual, prostituição infantil, tráfico de drogas. Entretanto, a Palavra apresenta direta e indiretamente os princípios inegociáveis de Deus para a moralidade e dignidade humanas. Na verdade, ao se referir ao plano de Deus para a sexualidade, Jesus reafirmou o ensino vetero-testamentário sobre o casamento heterossexual e monogâmico (Mt 19.4-6). A única alternativa ao casamento nestes termos é o celibato voluntário, concessão que Ele abriu ao ensinar que é melhor ser eunuco pelo Reino de Deus do que se divorciar e casar-se de novo (Mt 19.9-12). Quanto à alegação de que Jesus era gay porque "conviveu predominantemente com os apóstolos (todos homens), que ele era muito sensível falando de lírios do campo, que era amigo de muitas mulheres, que tinha muita sensibilidade com as crianças ou, ainda, que nutria uma predileção por João", só revela a falta de bom senso que patologiza as relações mais simples e puras entre um homem e seus semelhantes. Certamente, uma compreensão correta da natureza divino-humana de Jesus jamais permitiria sequer uma suposição destas. O Deus Eterno que se fez homem jamais nutriria por suas criaturas qualquer tipo de amor que não fosse puramente ágape (amor de Deus pelos homens). E foi exatamente isso que Jesus demonstrou por todos. Mas Luís Mott prefere extrair sua cristologia deturpada de conceitos mitológicos sobre deuses como Zeus e Oxalá, "andróginos e praticantes do homoerotismo" (atração física entre seres do mesmo sexo) como seus idealizadores. Por isso, ele não consegue perceber nos relacionamentos de Jesus nada maior do que a interação entre iguais. Ele perde a oportunidade de ver a beleza do relacionamento Criador-criatura, Salvador-pecador, Senhor-servo, Mestre-discípulo e, especialmente, Pai-filho. É intrigante o fato de que o "Grupo Gay da Bahia", presidido por Luiz Mott, autor da maioria dos argumentos refutados acima, seja o idealizador da chamada "Ação Cristã Homossexual". Esse grupo que passa horas de pesquisa para tentar provar que Jesus é um mito, e que se fosse um personagem histórico seria homossexual, e que questiona os relatos bíblicos rejeitando sua interpretação literal pretende convencer-nos de que é ação, instituição ou movimento cristão. Como é possível tal contradição? É óbvio que o objetivo não é o de aproximar os homossexuais do Evangelho do Reino de Deus. É, antes, uma estratégia para impedir que eles cheguem ao pleno conhecimento da verdade. São como os intérpretes da lei a quem Jesus denunciou, dizendo: "Ai de vós, intérpretes da lei! Porque tomastes a chave da ciência; contudo, vós mesmos não entrastes e impedistes os que estavam entrando" (Lc 11.52).
APELAÇÃO CIENTÍFICA

Todavia, a obstinação dos militantes não se confina apenas a deturpar a História e a lei de Deus, mas também a ciência – do ponto de vista experimental. É por isso que o Dr. Vern L. Bullough, defensor do movimento homossexual e da pedofilia, afirma: "A política e a ciência andam de mãos dadas. No final é o ativismo gay que determina o que os pesquisadores dizem sobre os gays."1 Porém, ainda que conseguissem provar algum dia que o homossexualismo é causado por algum fator na natureza, isso não quer dizer que somos obrigados a aceitá-lo. Sinclair Rogers, que foi homossexual por muitos anos até entregar sua vida a Jesus Cristo, diz: "Certamente, as pessoas não escolhem desenvolver sentimentos homossexuais. Mas isso não significa que quando alguém nasce, já está pré-programado para ser homossexual para sempre. Não somos robôs biológicos. E não podemos ignorar as influências ambientais e nossa reação a essas influências (...) A natureza produz muitas condições por influência biológica, tais como depressão, desordens obsessivas, diabetes... Mas não consideramos esses problemas ‘normais’ só porque ocorrem ‘naturalmente’ (...) A Biologia pode influenciar, mas não justifica automaticamente a possível conseqüência de todo comportamento. E também não elimina nossa responsabilidade pessoal, vontade, consciência ou nossa capacidade de escolher controlarmos ou ser controlados por nossas fraquezas." [2]
Pesquisas tentando mostrar causas-efeitos biológicos ou genéticos para a homossexualidade existem há quase um século. Mas o fato é que, ao longo dos anos, nenhuma pesquisa jamais provou uma base orgânica para a homossexualidade. O ativista homossexual Dennis Altman faz uma observação acerca de um estudo do Instituto Kinsey: "Eles estão impressionados com os consideráveis esforços de biólogos, endocrinologistas, e fisiologistas em provar esse fundamento; estou mais impressionado com a incapacidade de tantos anos de pesquisa resultarem em nada além de meras ‘sugestões’." [3]
Os ativistas homossexuais declaram que a homossexualidade é natural. Os grupos gays e todas as pesquisas modernas que defendem a conduta homossexual se baseiam direta ou indiretamente no Relatório Kinsey de 1948, o qual afirma que 10% da população são exclusivamente homossexuais. No entanto, dois excelentes livros escritos pela Dra. Judith Reisman revelam não só a metodologia fraudulenta de Kinsey, mas também o envolvimento dele com estupradores de crianças. [4]
Wardell Pomeroy, co-autor do Relatório Kinsey, conta a reação de Kinsey à preocupação (que Kinsey chamava de histeria) da sociedade com o grave problema de adultos que têm relações sexuais com crianças da família: "Kinsey zombava da idéia... [Kinsey] afirmou, com relação ao abuso sexual de crianças, que a criança sofre mais danos com a histeria dos adultos [do que com o próprio estupro]". [5] Os grupos de ativistas homossexuais no mundo inteiro estão trabalhando para abaixar ou abolir as leis de idade de consentimento sexual a fim de "liberar" as crianças das restrições sociais. Isso, na verdade, passa a inocentar o criminoso. Infelizmente essa conspiração resultou, em 1992 na Holanda, na legalização do relacionamento hetero (entre sexos diferentes) e homossexual de adultos com crianças a partir dos 12 anos. Nos EUA, a maior responsável por esta luta é a Associação Norte-Americana de Amor entre Homens e Meninos (NAMBLA). [6]
HOMOSSEXUALISMO E CANDOMBLÉ

Apesar de nem todo homossexual ser endemoninhado como diriam ingenuamente alguns, é óbvio que Satanás está por trás deste comportamento, como de qualquer outro comportamento pecaminoso e autodestrutivo. Foi Jesus mesmo quem disse que o diabo veio para matar, roubar e destruir. Edison Carneiro (irmão do político Nelson Carneiro), afirma, no seu livro Candomblés da Bahia (p. 140) que o candomblé arrasta muitos homens ao homossexualismo, confirmando assim o que já havia sido observado por outro estudioso desse assunto, o sociólogo Roger Bastid. Segundo Edison Carneiro, é difícil esses efeminados não serem "cavalos de Yansã, orixá que geralmente se manifesta em mulheres inquietas, de grande vida sexual, que se entregam a todos os homens que encontram...".7 Os casos de crianças desaparecidas que são estupradas e sacrificadas em rituais de pais-de-santo parecem ser um problema envolvendo os cultos afro-brasileiros. Assim, além de levarem os indivíduos ao homossexualismo, os demônios também os levam a abusar sexualmente das crianças e até a matá-las. Talvez o pior assassino em série do mundo seja o homossexual Gilles de Rais, que matou brutalmente 800 meninos. Cada garoto era atraído à sua casa, onde recebia banho e comida. Então, quando o pobre menino pensava que era seu dia de sorte, Gilles o estuprava e queimava, ou o cortava e comia. [8] Em seu livro The Devil’s web (A teia do Diabo), Pat Pulling revela o envolvimento do satanismo com o estupro e o sacrifício ritual de crianças. Ele cita o caso de Gilles: "Gilles de Rais era um nobre europeu do século 15 que estava totalmente envolvido na alquimia e outras ciências ocultas. Ele era também um pervertido sexual e sadista que matava crianças antes de ser preso, julgado e condenado à morte. Outras evidências mostram que, no passado, os praticantes de adoração de demônios realmente sacrificavam criancinhas durante suas cerimônias rituais." [9]
CAUSAS PSICOLÓGICAS DA HOMOSSEXUALIDADE

Uma vez que as causas não são genéticas, passam a figurar no campo da Psicologia. O Dr. Gerard van den Aardweg, psicólogo holandês, estabelece as seguintes causas do desejo homossexual nas pessoas: experiência homossexual na infância, anormalidade familiar, experiência sexual fora do normal incluindo sexo grupal ou com animais, e as influências culturais. Corroborando as afirmações do Dr. Gerard van den Aardweg que homossexualidade não é genética, a psicanalista e escritora Sheiva Sherman declarou, em 27 de março de 1998, no programa de TV Madalena Manchete Verdade que "uma coisa tem de ficar claro: homossexualismo não é genético. Está provado". É bom frisar que as causas da homossexualidade não são genéticas, porque a maior vitória do movimento gay na década passada foi mudar a direção do debate. Em vez de se discutir sobre a conduta, fala-se sobre identidade. Qualquer um que se oponha ao homossexualismo passou a ser visto como agressor dos direitos civis dos cidadãos homossexuais. Isso é o que constatam o teólogo John Ankerberg e o sociólogo John Weldon, autores do livro Os fatos sobre a homossexualidade (Editora Chamada da Meia-Noite): "Nossa cultura está se tornando tão tolerante que muitos dão ouvidos a qualquer grupo de autodenominadas ‘vítimas’." [10] Denunciar a tolerância demasiadamente aética de nossa sociedade para com as minorias, não significa promover ou praticar a violência contra elas. É muito importante esclarecer que somos absolutamente avessos a toda demonstração de violência contra qualquer pessoa, inclusive os homossexuais. Deve provocar a indignação de qualquer cidadão o que aconteceu recentemente ao adestrador de cachorros Edson Neris da Silva, homossexual, de 35 anos, que foi cercado por um grupo de "Carecas" e assassinado a socos e pontapés na praça da República, na região ABC paulista. Essa é, sem dúvida, uma atitude doentia, homofóbica (aversão a homossexuais), sem qualquer justificativa. Precisamos ser equilibrados, repudiando o discurso e a prática gays, mas acolhendo e conduzindo os homossexuais a Cristo. Mesmo aqueles que são mais recalcitrantes devem ser objeto da compaixão e amor cristãos. Uma coisa que precisa ficar muito clara é que toda a argumentação aqui apresentada visa a combater os falsos ensinos que a militância gay vem divulgando. Todavia, a maioria dos homossexuais não faz a mínima idéia de grande parte dos argumentos dos grupos gays nem quer se envolver em sua luta; deseja apenas viver em paz. A maioria dos homossexuais, homens ou mulheres, deseja, na verdade, abandonar esse comportamento, mas não sabem como. Por isso, precisam ser acolhidos, respeitados como pessoas e conduzidos ao conhecimento de Cristo.
A IGREJA E OS HOMOSSEXUAIS

Joe Dallas, em seu livro A operação do Erro, publicado pela Editora Cultura Cristã, leva-nos a uma interessante reflexão sobre o papel da Igreja para com os que desejam deixar o homossexualismo: "Entretanto, quando eles são trazidos para fora da ilusão, quem está esperando por eles? A Igreja está sendo como o pai do filho pródigo, correndo para encontrá-lo no meio do caminho e celebrar o seu retorno? Ou será que o Corpo de Cristo está sendo melhor representado pelo irmão mais velho, justo em si mesmo, distante e frio, que não quer se envolver? Ao abordar o problema do homossexualismo, talvez essas sejam as perguntas mais importantes a serem feitas." Infelizmente, porque uma grande parte da Igreja não está cumprindo seu papel neste sentido, precisamos ouvir coisas como as que Troy Perry, líder da maior igreja gay cristã do mundo, disse e que Joe Dallas registra: "Se a Igreja tivesse realmente feito seu trabalho missionário, não creio que a MCC (Metropolitan Community Church) jamais tivesse vindo a existir." [11] Graças a Deus, a Igreja começa a despertar! A Igreja Presbiteriana Independente de Londrina, por meio do Ministério Paz com Deus, começou a agir de maneira planejada para conscientizar pastores e membros da igreja, e ajudar os que se encontram em dificuldades com sentimentos ou práticas homossexuais. Ela promoveu o I Encontro Paz com Deus, realizado de 4 a 7 de março, em Londrina, Paraná. O evento contou com 130 pessoas (participantes e obreiros) e incluiu muitos pastores. Dentre as muitas bênçãos recebidas e testemunhadas pelos participantes, destacam-se as confissões que muitos pastores, outrora intolerantes no que diz respeito aos homossexuais, fizeram aos líderes de ministérios que atuam entre eles. Depois de uma das mensagens do preletor oficial Bob Reagan, ligado à Exodus e ao Regeneration Ministry, nos EUA, os pastores e líderes evangélicos foram convidados ao altar para uma oração de arrependimento e confissão de pecados como os de omissão ou rejeição de homossexuais durante seus ministérios. Quase todos foram à frente. Mas os pastores não foram os únicos a pedir perdão. Os participantes que haviam vivido o homossexualismo ou ainda estavam envolvidos neste comportamento também pediram perdão por terem guardado mágoas contra pastores ou igrejas.
Muitas lágrimas foram derramadas por ambos. O pastor presbiteriano Saulo de Melo, 32 anos de ministério, atuando hoje em Maringá-PR,fez uma das confissões mais comoventes: "Estou perplexo com tudo o que estou aprendendo sobre homossexualidade neste congresso. Todos os meus valores foram remexidos. Quando eu descobria que alguém era homossexual, eu o mandava embora, excluía. Este congresso ajudou-me a olhar os homossexuais como nunca os havia olhado antes – com o olhar de Jesus." Algo semelhante aconteceu a Eleny Vassão de Paula Aitken, 45 anos, autora do livro O desafio continua: A Missão da Igreja frente à Aids. Ela é chefe da capelania evangélica do Hospital das Clínicas de São Paulo e do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.
Eleny revela que enfrentou relutância ao evangelizar um travesti pela primeira vez. Mas, o Espírito Santo mostrou-lhe que a única diferença entre ela e o travesti era Jesus. No outro dia, Eleny contou ao travesti a experiência por que passou. Não demorou muito, lágrimas encheram os seus olhos, e ele orou entregando sua vida a Jesus. Essa experiência mudou a vida de Eleny, que passou a amar e compreender os homossexuais sob uma nova perspectiva. Quem conversa com Eleny Vassão sempre ouve histórias comoventes de homossexuais que têm sido alcançados por Cristo. Por isso, ela pode falar com autoridade: "A Igreja deve ser o lugar de perdão e acolhida para seus soldados feridos, e não um tribunal para julgar os que caíram. Precisamos de mais misericórdia e graça para tratar as pessoas como o Senhor nos trata. Ele nos constrange pelo amor, mesmo sem perder de vista a sua justiça."
Referencias Bibliográficas:1. Dra. Judith Reisman, Kinsey, sex & fraud (Hungtington House Publishers: Lafayette-EUA, 1990) p. 212. 2. Questions I´m asked most about homosexuality, An Interview with Sinclair Rogers (Choices: Singapura, 1993), p. 4. 3. John Ankerberg e John Weldon, Os fatos sobre a homossexualidade (Editora Chamada da Meia-Noite, 1997) pp. 22-23. 4. Dra. Judith Reisman, Kinsey, sex & fraud, (Hungtington House Publishers: Lafayette-EUA, 1990) e Kinsey: crimes & consequences (The Institute for Media Education, Arlington-1998). 5. Dra. Judith Reisman, Kinsey: crimes & consequences (The Institute for Media Education, Arlington-1998) p. 234. 6. Julio Severo (O movimento homossexual, Editora Betânia, Venda Nova – MG, 1998) p. 20. 7. Jefferson Magno Costa, Porque Deus condena o espiritismo (CPAD, Rio de Janeiro, 1987), p. 81. 8. Dr. Paul Cameron, The gay 90s (Adroit Press: Franklin – EUA, 1993), p. 46. 9. Pat Pulling, The Devil’s web (Huntington House, Inc.: Lafayeitte – EUA, 1989), p. 148. 10. John Ankerberg e John Weldon, Os fatos sobre a homossexualidade (Editora Chamada da Meia-Noite, Porto Alegre, RS, 1997), p. 8. 11. Joe Dallas, A operação do erro (Editora Cultura Cristã, São Paulo, 1998) p. 237.

terça-feira, 17 de junho de 2008

VECTRA GT: O COMERCIAL.

Venho, em nome de milhões que, como eu, mandaram seus e-mails à Chevrolet contrariados com a antiga propaganda, agradecer à mudança no comercial do VECTRA GT retirando as moças insinuando o ato homossexual, e até mesmo à escolha da melhor trilha sonora (pois ninguém queria ser "aquela metamoforse ambulante"). Isso demonstra o respeito e o reconhecimento de que democracia, formação de opinião e marketing ainda podem ser ferramentas construtivas, simultâneamente, sem precisar ofender ou restringir nenhum tipo de idéia e/ou cosmovisão.

Mais uma vez, obrigado!

domingo, 27 de abril de 2008

Pregadores intinerantes: Mais uma carta dirigida a personagem fictícia, porém baseada em experiências e fatos bem reais

Meu caro Pr. Filipe,Obrigado por seu e-mail contando as experiências recentes em suas pregações Brasil afora. Eu mesmo tenho tido a oportunidade, durante meu ministério, de pregar praticamente em todos os Estados da Federação e em vários países do exterior. Só posso agradecer a Deus.Acho que é por isso que me sinto à vontade para atender seu pedido de conselhos práticos para suas viagens. Vou falar de coisinhas práticas que, mesmo sendo pequenas e “mundanas”, podem estragar sua estada em uma igreja.
1. Se for viajar de avião, acerte bem cedo quem vai comprar a passagem. Já me aconteceu de chegar o dia de viajar e não ter um bilhete. Os que me convidaram não compraram passagem pensando que eu ia comprar! Foi uma dificuldade conseguir passagem de última hora e estas geralmente são mais caras.
2. Se ficar a seu critério comprar a passagem, veja o horário em que a programação começa, para não chegar em cima da hora. Dê sempre um espaço para atrasos nos aeroportos. Peça um assento no corredor ou janela, não deixe para marcar na hora do embarque. Você pode terminar lá no fundo, espremido entre dois gordões durante duas horas de vôo. Um verdadeiro inferno.
3. No caso de você comprar a passagem, guarde o comprovante para mostrar quanto custou, na hora do reembolso. Não será um problema se você não tiver comprovante, mas fica mais elegante e transparente estar pronto para mostrá-lo.
4. Escreva em lugar acessível um telefone para contato, e mesmo o endereço da Igreja ou do local das pregações, para quando chegar ao aeroporto da cidade onde vai pregar não ser surpreendido por um aeroporto vazio, sem ninguém lhe esperando. Já passei por isso, sem telefone de contato e sem endereço, e lhe garanto, é desesperador!
5. A bagagem é extremamente importante, em caso de compromissos fora da sua cidade. Se for de ônibus, tudo bem. Se for de avião, esteja preparado para extravios. A melhor coisa é viajar leve e acomodar suas roupas, etc. em uma mala ou bolsa que você possa levar consigo dentro do avião, sem ter que despachar como bagagem. Se não tiver jeito, leve pelo menos uma muda de roupa com você. As chances de extravio de bagagem são grandes. Já me ocorreu de chegar em Goiânia para pregar num grande evento, e minha mala se extraviou. Tive que morrer num Shopping Center para comprar de última hora uma roupa completa e todos os acessórios (por causa do meu tamanho, sempre é difícil conseguir paletó emprestado...). A mala só apareceu dois dias depois.
6. Ainda sobre bagagem. O costume das igrejas varia muito pelo Brasil quanto à indumentária do pregador. Em alguns lugares, usar paletó é sagrado. Em outras, indiferente. Meu conselho é que pergunte antes ao pastor da Igreja que indumentária ele costuma usar. E caso isso não tenha sido possível, leve um paletó completo por via das dúvidas. Esteja preparado para tudo – rasgar as calças, descosturar o zíper da calça do único paletó (isso me ocorreu faz um mês, na encantadora Porto Velho. Minha sorte foi que havia uma irmã que era excelente costureira e deu um jeito a tempo para o culto da noite), manchar o único paletó que levou logo na primeira refeição, etc.
7. Por falar em hospedagem, naqueles compromissos de mais de um dia, meu conselho é que não imponha como condição ficar num hotel. Pega muito mal. Infelizmente, muitos pregadores evangélicos de renome quando aceitam um convite impõem como condição, além da oferta já determinada, ficar em hotéis de várias estrelas, comer em determinados locais, etc. etc. Para mim, é coisa de mercenário. Diga que aceita ficar hospedado na casa de uma família desde que você tenha tempo para descansar e rever seus sermões e orar. No meu caso, eu acrescento que não consigo dormir com mosquito (pernilongo, muriçoca, etc. – você tem que lembrar que dependendo do lugar para onde vai, o nome muda...) e calor, e se a família tiver pelo menos um bom ventilador e repelente, já basta. Deixe a Igreja que lhe convida decidir onde vai lhe hospedar. (Se você quiser ler um pouco sobre as bençãos de ser hospedado – e dos que hospedam pregadores – leia uma série de posts sobre o assunto, que começa aqui [ http://www.cronicasdocotidiano.com/?p=143 ])
8. Como você é presbiteriano, fique atento para um detalhe que pode acabar trazendo algum embaraço, se você for convidado para pregar numa igreja batista. Isso nunca me aconteceu, mas sei de casos em que o pastor presbiteriano foi pregar numa igreja batista e na hora da Ceia do Senhor foi preterido – o diácono zeloso não lhe serviu o pão e o vinho (como eram batistas, provavelmente era suco de uva). Ouvi falar de pastores presbiterianos que passaram por esse vexame e sei de pelo menos um que se levantou e saiu do culto, na hora. Não precisava tanto, talvez. Mas, que fica chato, fica. Você é crente o suficiente para estar falando lá e até para ensinar a congregação como trilhar os caminhos de Deus, mas não para tomar ceia...Por isso, cuidadosamente, pergunte antes ao colega batista, ou de outra denominação que restrinja a Ceia, se haverá celebração da Ceia e se ele tem a posição restrita ou mais aberta, que concede a Ceia aos pobres presbiterianos. O que é acertado antes, não sai caro.
9. Outro conselho – procure informar-se ao máximo da Igreja onde vai pregar, ou dos que estão patrocinando o evento em que você vai falar. Em 1997 paguei um dos maiores micos do meu ministério quando fui convidado para falar sobre Batalha Espiritual em uma igreja presbiteriana fora de São Paulo (eu tinha acabado de lançar meu livro O Que você Precisa Saber sobre Batalha Espiritual). Eles esperavam que eu falasse a favor e eu fui falar contra! Se eu tivesse tomado o cuidado de me informar cuidadosamente das posições do pastor da época e da situação da igreja, provavelmente teria recusado o convite ou então deixado muito claro que iria falar contra. Foram três dias de tensão e desconforto, na esperança de que Deus estivesse utilizando positivamente aquele constrangimento... Conhecer antecipadamente sua audiência vai ajudar a calibrar a pregação, determinar os conteúdos e tirar do baú do escriba coisas velhas e novas apropriadas para a ocasião (Mateus 13.52).
10. Nesse sentido, é bom estar absolutamente seguro da ocasião e do motivo do convite. O que a Igreja espera? É um aniversário da Igreja? Há um tema específico? Os temas das pregações ou palestras são livres? Eles esperam que você fale quantas vezes? Seja organizado, tenha tudo isso anotadinho bem antes do evento. Eu já passei por maus momentos por causa de desorganização. Cheguei na cidade onde tinha de pregar três vezes sem ter me assegurado da ocasião. Confesso que confiei demais na minha experiência e nos sermões de reserva que tenho de memória. A ocasião era o aniversário do coral da UPH!!! Eu não tinha sermão nenhum preparado para isso. Tive de improvisar na última hora e ficou aquela beleza...
11. Ainda alguns conselhos sobre as pregações. Pergunte antes o tempo que o pastor da igreja costuma pregar. Não abuse do fato que você é convidado. Você vai querer que eles se lembrem de você como “ah, aquele pastor que pregou tão bem sobre Lázaro...” e não como “ah, sim, aquele pastor que pregou cada sermão um mais comprido que o outro...”
12. Outro conselho muito importante. Pregadores itinerantes “como nós” costumam ter um pacote de sermões que levamos conosco e pregamos onde somos convidados. Pode acontecer o desastre de você repetir o mesmo sermão num mesmo lugar. Já passei por essa vergonha. Quem me salvou foi Solano Portela, que estava presente, e logo que eu anunciei o texto e fiz a introdução do sermão, ele discretamente se levantou do banco e me passou um bilhetinho onde estava escrito “você já pregou esse sermão aqui no mês passado”. Quase morri de vergonha. E o pior foi pregar na hora um sermão novo de improviso! Portanto, ache um jeito de registrar onde você pregou determinado sermão e quando, para evitar esse desastre.
13. Por incrível que pareça, o púlpito onde você vai pregar pode se tornar um problema. Há igrejas com púlpitos minúsculos e outras que nem púlpito têm mais – foram aposentados quando o pastor e a igreja adotaram grupo de coreografia, um enorme grupo de louvor e equipe de teatro. O pastor passou a pregar com microfone sem fio, andando pelo palco e pela igreja, sem anotações e sem a Bíblia diante dele, só contando histórias e experiências. Eu sei que você gosta de pregar expositivamente, de ter sua Bíblia aberta diante de você e as anotações ao lado. O que fazer em casos assim? Eu já me virei com aquele estande do regente do conjunto coral, onde de improviso acomodei a Bíblia e as notas. Em outras vezes, não teve jeito. Tive de pregar com a Bíblia aberta numa mão e o microfone sem fio na outra, sem chance de ter as anotações! Nesse caso, o que me salvou foi a boa memória a experiência de pregar de improviso. Meu conselho é que você também pergunte ao pastor se haverá ao menos um estande de regente para colocar Bíblia e notas. Outro conselho é que memorize os sermões e passe a pregar sem notas. Isso vai lhe salvar de inúmeras situações similares.
14. Agora, a questão da oferta. Na verdade, isso não deveria ser nem mesmo uma questão para você. No máximo é uma questão apropriada para quem convida. Quando isso passa ser o foco do seu ministério, vira coisa de mercenários, os que mercadejam a Palavra de Deus. Sei que existem muitos que não têm outras fontes de sustento a não ser o ministério itinerante, mas não é o seu caso e eu não saberia como lidar com essa situação... Já recebi vários convites que vinham com a pergunta receosa, “quanto o irmão cobra por palestra?” Obviamente, respondi que não cobro absolutamente nada, só preciso que paguem as despesas de passagem e hospedagem (e já houve casos em que acabei pagando para ir pregar em outro Estado, numa igrejinha que não tinha condições de pagar a passagem de avião. De ônibus, levaria 2 dias para ir e mais 2 dias para voltar). (Deve ser por isso que minha agenda de pregações está lotada até o final de 2008...). Meu conselho é que não conte com ofertas, como se fosse coisa certa. Não são. São um extra, um bônus, que pode ter ou não. Se, todavia, a igreja ou entidade patrocinadora lhe oferecer uma oferta, aceite com alegria e gratidão. Se recusar, vai ofendê-los.Bom, eu teria mais um monte de coisas para dizer sobre esse assunto. Afinal, após 27 anos como pregador itinerante, no Brasil e fora dele, a gente aprende muito. Mas, no geral, eu lhe diria que tem sido um grande privilégio e alegria pregar em tantos lugares diferentes. Os contratempos não representam nada diante das bênçãos. É claro que isso só tem sido possível pela compreensão e apoio da minha esposa (filha de missionários) e de nossos quatro filhos, que sempre ficam contando os dias quando papai viaja... recentemente fiquei muito alegre quando uma igreja mandou uma carta para minha esposa e filhos, agradecendo por terem me liberado para passar um fim de semana com eles.
Um grande abraço!Augustus

EM BUSCA DA PROMESSA PERDIDA

Em um tempo não muito distante, num lugar chamado Ilha da Alienação, havia uma aldeia chamada Profecia Cega, nessa aldeia, morava um profeta muito conhecido na região, muito do que ele se falava era considerado, não porque as palavras se cumpriam, mas porque eram palavras agradáveis.

Profeta Atual do Pretérito era o nome desse morador, pessoas de várias outras ilhas atravessavam o oceano Bom-Senso com freqüência para ouvir palavras agradáveis sobre um “futuro certo” como costumava dizer Pretérito.

No entanto, alguns moradores de outra ilha – esse pedaço de terra era jocosamente chamado de Ilha Fria - abominavam o que era praticado ali, segundo eles não havia necessidade de profecias, já que o futuro pertencia a Deus e que Ele falava por intermédio de um livro que todos conheciam, mas que dificilmente era lido.

Apesar das idéias de protesto, era comum nas reuniões alienatórias – reuniões da Ilha da Alienação – as profecias com promessas, baseavam-se no fato de que Deus nunca deixaria um filho desamparado e também segundo eles no fato de que Deus através do livro pouco lido tinha dito que faria as promessas dEle se cumprir. Como ninguém lia aquele livro, e mesmo assim era considerado o livro-guia de suas vidas, todos acreditavam.

Algo estranho que com certa freqüência ocorria, era o fato de algumas pessoas com promessa morrerem, isso segundo os habitantes de Alienação era impossível, já que quem tem uma promessa nunca poderia morrer, pois Deus faria com que a promessa se cumprisse. Mesmo assim, continuavam cegamente acreditando nisso.

Um dia, algo diferente aconteceu, Pregador, uma alma curiosa, decidiu abrir aquele livro no qual ele acreditava piamente mas não tinha idéia do que estava escrito ali. Quando se deparou com uma promessa que pouco falavam sobre, era a promessa de que o autor daquele livro um dia voltaria e acabaria com todo sofrimento pelo qual já passaram, que um dia estariam em plenitude com o amor daquele que deu vida a cada ser humano.

Ciente disso, Pregador que não era omisso, foi falar para os habitantes alienados sobre tal promessa. Não foi levado a sério, afinal de contas, que promessa é essa que diz respeito a uma vida posterior a essa? Que Deus é esse que só atende a todos nossos clamores após o fim dessa vida, em outro lugar e somente com Ele?

Deportaram logo Pregador para a Ilha Fria, onde pregando foi ouvido por alguns mas não por todos. O pensamento impregnado de promessas para essa vida tinha-se incrustado de tal maneira na vida de todos que a promessa da volta de Cristo já tinha se perdido no pensamento de quem em tese amava a cruz de Cristo.

por Raphael Rap