sábado, 25 de junho de 2011

BRASILIDADES...

O que será do Brasil sem Forças Armadas motivadas?

Por Pedro Porfírio

"Ao contrário do que os brasileiros pensam, a Amazônia não é só deles, mas de todos nós."

(Al Gore, ex-Vice Presidente americano, Premo Nobel da Paz de 2007 e grande estrela da mídia como "defensor do meio ambiente"-.)

Ao debruçar-me com a devida responsabilidade sobre as políticas públicas para as Forças Armadas, não posso esconder minha perplexidade.

Você não tem uma idéia da sucessão de erros que projeta um buraco gigantesco num amanhã bem próximo. A permanecer a tendência atual, daqui a pouco não será fácil encontrar quem queira servir às Forças Armadas, tal a baixa competitividade dos seus vencimentos, em todos os escalões, e a falta de condições operacionais, fatores que afetam em cheio a dignidade de um segmento envolto numa mística e em compromissos que vão além da paixão e dos deveres profissionais.

Eu diria que essa coleção de equívocos e até de imprudentes solapamentos ganhou uma configuração mais nítida a partir da criação do Ministério da Defesa, segundo o modelo norte-americano, que acabou confiando o conjunto dos complexos assuntos militares a pessoas sem a necessária vivência dos mesmos, sem compreensão estratégica do papel militar e sem o conhecimento e cultura indispensáveis a respeito.

Um desastre após outro
O resultado dos últimos anos tem sido um desastre após outro, com a triste rotina de uma verdadeira queda de braços - humilhante porque, na hora de botar a boca no mundo, como é da essência da sociedade democrática, os militares precisam se valer de suas esposas, dos inativos ou recorrer a subterfúgios como doar sangue para expressar seu descontentamento.

Esse quadro deprimente produz um tipo de confronto silencioso, mas de ardilosa manipulação. Para qualquer um contingenciado pela disciplina, uma de suas místicas mais sagradas, toda essa indiferença à sua sorte tem conteúdo ideológico. É como se ele estivesse sofrendo a revanche de situações preteridas.

As aflições e os nervos à flor da pele engendram a idéia de que tudo não passa de uma conspiração de esquerda para reduzir a tropa a um estamento simbólico. Isso escamoteia a verdade "verdadeira". Está em prática uma "nova doutrina", alimentada pelas grandes multinacionais, especialmente os sistemas financeiros, a partir do fim da guerra fria e do fracasso dos beligerantes de ambos os lados, em face de fatores críticos novos e diferenciados, sobretudo pela mudança do viés da supranacionalidade e do avanço da tecnologia, com a superposição do segmento econômico de serviços sobre os industriais e agro-pastoris.

O Estado Mínimo

Para entender o que se passa em relação aos militares brasileiros, é preciso partir da análise do "Consenso de Washington" e de outras teses, que incluem a idéia do "Estado Mínimo", o fim das fronteiras nacionais e uma espécie de rearrumação do sistema de poder, que na prática já acontece com a interatividade internacional dos investimentos especulativos. Você pode se posicionar em relação às aplicações na Bovespa a partir das primeiras informações sobre o desempenho das bolsas asiáticas, num ritual que já subtrai sem constrangimento a independência dos centros nervosos da economia de cada país.

Isso quer dizer claramente: A macro-economia internacional engendrou outros referenciais e hoje não se pode dizer que esse ou aquele país nos ameaça. As hidras que se infiltram sobre nossos territórios não estão sujeitos a controles de nenhum país, de nenhum governo.

São grandes complexos econômicos que podem pagar às melhores cabeças e produzir controles remotos, robôs, tudo o que precisam para refazer o mapa do mundo.

Depois que descobriram as serventias do "terceiro setor", essas ONGs com discursos direcionados, os cabeças desses complexos concluíram, a partir de estudos científicos, que precisam bancar a miniaturização das Forças Armadas nos países alvos.

Mais do que qualquer outro país, o Brasil precisa de uma política militar sólida e fortalecida, independente dos outros, tanto pela dimensão do nosso território, a extensão das nossas fronteiras, como, principalmente, pela camuflada ocupação estrangeira de nossa maior riqueza, a Amazônia e da necessidade de proteger nossa "Amazônia Azul" - os 7.491 km de fronteira marítima, que formam a gigantesca Área Marítima Jurisdicional, (onde dispomos de grandes reservas de petróleo) de 4.451.766 k2, mais da metade (52 %) do território continental, de 8.511.965 km2.

A necessidade de um complexo militar em condições de cumprir suas funções de defesa vai muito além dos fantasiosos conflitos entre nações.

E exige uma revisão urgente, sem matizes ideológicos, porque o somatório de erros poderá ser fatal para a soberania do Brasil e para a vida da sociedade brasileira. Esses erros começam pelo virtual aniquilamento do serviço militar obrigatório, de tanta importância para nossa juventude sem rumos, até o desprezo pelo conhecimento, a dedicação e o patriotismo inerentes á vida na caserna.

Do jeito que as coisas estão indo, até os cursos superiores das Forças Armadas, que se incluem entre os melhores do Continente, vão acabar tendo sua finalidade deturpada: ao invés de formarem oficiais especializados, vão acabar se convertendo, como já acontece pontualmente, em produtores de profissionais altamente qualificados para as grandes multinacionais que pagam muito mais.

Nessa faina impatriótica de desmotivação dos militares, os interesses "ocultos" jogam com feridas não cicatrizadas e visões primárias de tecnocratas delirantes, os quais escondem da sociedade um perigoso vexame: segundo fontes merecedoras de crédito, a FAB só consegue operar com 37% de seu poder aéreo e todos seus aviões têm mais de 15 anos de uso. Na Marinha, de toda sua frota, apenas 10 navios estão em condições de combate. No Exército a sucatagem bélica é ainda maior. Segundo levantamento, por falta de investimentos, o Programa Nuclear Brasileiro já provocou um prejuízo de U$ 1,1 bilhão. Os equipamentos de artilharia são semi-obsoletos e estão em péssimo estado de conservação, sujeitos,inclusive, a um racionamento de combustível e à falta de peças.

Diante de um quadro de ostensiva depreciação do Estado e, dentro dele, de sua estrutura militar, é responsabilidade de todos, independente de ódios internalizados, procurarem entender o que realmente está por trás dessa trama, algo que faz do Brasil continental um dos países com menor participação dos gastos em defesa no seu PIB - menos de 1,6% contra 3% da média mundial, uma ninharia se considerarmos os 5% do Poder Judiciário e os 3,98% do tal superávit primário - as restrições orçamentárias para pagar os juros da dívida.

sábado, 18 de junho de 2011

A VERDADE: SUA NATUREZA ABSOLUTA (PARTE 2)

Na audiência designada de uma afirmação, toda verdade é uma verdade absoluta. Algumas afirmações realmente se aplicam apenas a algumas pessoas, mas a verdade dessas afirmações é tão absoluta para todas as pessoas em todo lugar em todas as épocas quanto uma afirmação que se aplica a todas as pessoas em geral. "Injeções diárias de insulina são essenciais para a sobrevivência" aplica-se a todas as pessoas com algumas formas crônicas de diabetes. Essa afirmação tem uma audiência designada e aplicada. Não pretende ser uma verdade que se aplica a todo mundo. Mas, se ela se aplica a Paulo, é a verdade sobre Paulo para todo mundo. A advertência de que essa afirmação é falsa para pessoas com um pâncreas saudável não deprecia a verdade da afirmação no seu universo de discurso - diabéticos aos quais é adequadamente dirigida.

Um professor de frente para os alunos na sala de aula, diz: "a porta desta sala está à minha direita". Mas ela está a esquerda dos alunos. Os relativistas argumentam que certamente esta é uma verdade relativa para o professor, já que é falsa para a classe. No entanto, pelo contrário, é igualmente verdadeiro para todos que a porta está à direita do professor. Essa é uma verdade absoluta. Jamais será verdadeiro para qualquer lugar, em qualquer época que a porta estava à esquerda do professor durante aquela aula naquele dia naquela sala de aula. A verdade de que a porta está à esquerda dos  alunos é igualmente verdadeira e absoluta. A verdade é o que corresponde aos fatos.

Como uma maçã velha, o relativismo pode ser bom na superfície, mas está podre por dentro.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A VERDADE: SUA NATUREZA ABSOLUTA (PARTE 1)

A relatividade da verdade é normalmente uma premissa do pensamento atual. Segundo as teorias da verdade relativa, algo pode ser verdadeiro para uma pessoa, mas não para todas as pessoas, ou pode ser verdadeiro numa época mas não em outra.

A natureza absoluta da verdade diz que o que é verdadeiro para uma pessoa é verdadeiro para todas as pessoas, épocas e regiões. A visão adequada e imparcial da verdade é a visão da correspondência. Verdade factual é a que corresponde aos fatos. É o que corresponde à situação real que está sendo descrita.. É o que corresponde à realidade.

A correspondência se aplica a realidades abstrata e factuais. Há verdades matemáticas. Há verdades sobre idéias. Em cada caso há uma realidade, e a verdade expressa precisamente.

Falsidade é o que não corresponde, não é a realidade nua e crua e representa mal a maneira como as coisas realmente como são. A intenção por trás da afirmação é irrelevante. Se não há correspondência adequada, ela é falsa.

Todas as visões de não correspondência da verdade implicam correspondência, mesmo quando tentam negá-la. Por exemplo, a afirmação: "A VERDADE NÃO CORRESPONDE À REALIDADE" implica que essa afirmação corresponde à realidade. Assim, a visão de não correspondência não pode se expressar sem usar uma estrutura de correspondência como referência. Se as afirmações factuais de uma pessoa não precisam corresponder aos fatos para serem verdadeiras, qualquer afirmação factualmente incorreta é aceitável. Torna-se impossível mentir. Qualquer afirmação é compatível com qualquer situação.

Para saber se algo é verdadeiro ou falso, deve haver uma diferença real entre as coisas e as afirmações sobre as coisas. Mas correspondência é a comparação de palavras com as suas referências. Logo, uma visão de correspondência é necessária para entender afirmações factuais (afirmar os fatos).

A verdade não é determinada por voto majoritário. Vejamos as razões que muitas pessoas dão para achar que a verdade é relativa.

Primeiro, certas coisas só parecem ser verdade em certas ocasiões e não em outras. Por exemplo, muitas pessoas acreditavam no passado que a terra era plana. Agora sabemos que essa afirmação de verdade estava errada. Parece que esta verdade mudou com o passar do tempo. Será que mudou?

A verdade muda ou o conhecimento sobre o que é verdadeiro muda? Bem, certamente o mundo não mudou de cubo para esfera. O que mudou em relação a isso foi nosso conhecimento, não nossa terra. Ele mudou de um conhecimento falso para um verdadeiro.

(continua...)

domingo, 5 de junho de 2011

DÊ A OUTRA FACE...

Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; (MATEUS 5:39)

O cristão que diz que isso tem de ser tomado com ressalvas, será então obrigado a aceitar todas as outras duras declaraçoes de Nosso Senhor da mesma forma. Ninguém deixará de ter respeito pelo homem que faz isso, que em todas as oportunidades deu a quem lhe pediu e, por fim, deu tudo o que tinha aos pobres. Suponho que estou falando com este tipo de homem; pois quem acharia digno de responder à pessoa incoerente que leva as palavras de Cristo à la rigueur quando estas o dispensam de uma possível obrigação e as toma como opcionais quando exigem que deveria tornar-se pobre?

Há 3 maneira de entender "a outra face". Uma é interpretação pacificsta. Esta entende que o mandamento impõe o dever de não-resistência a todos os homens em todas as circunstâncias. Outra maneira é a interpretação reducionista: a afirmação não significa o que diz, mas é uma hipérbole, um exagero oriental de dizer que se deve tolerar muito e ser sereno. Tanto eu quanto você rejeitamos esse ponto de vista. O conflito está entre a pacifista e esta terceira opção: acredito que o texto quer dizer exatamente o que ele diz, mas com reserva de entendimento em favor dos casos obviamente excepcionais. Acredito que o dever de não-resistência deve-se aos casos em que atinja a mim particularmente o dever de revidar. Uma vez que o fato seja uma ofensa a mim praticada por meu próximo o desejo de minha parte em retaliar deve ser mortificado pelo Cristianismo. Mas caso entre em cena outros fatores, o problema se altera. Será que Cristo entendia que se você visse um louco homicida, ao tentar assassinar sua mãe por exemplo, você deveria manter-se à parte, se afastar do caminho, e deixá-lo matar a vítima? Acho que não seja este o entendimento. Ou se tivesse educando uma criança, criando, a melhor maneira seria deixá-la bater nos pais toda vez que tivesse uma crise de mau humor, ou quando tivesse roubando doces no supermercado, dar-lhe também o pote de mel? Acredito que não.

Acredito que o sentido das palavras estava perfeitamente claro: "VISTO QUE VOCÊ NÃO PASSA DE UM HOMEM COM RAIVA QUE ACABOU DE SER OFENDIDO, MORTIFIQUE SUA RAIVA E NÃO REVIDE A OFENSA". O que estava em foco aqui eram as relações pessoais cotidianas, nos quais não incluem os casos de ofensas à instituições, magistrados ou autoridades, onde há lei que impõem um revide natural em sua abrangência.

Então pensem bem: os conflitos que hoje se apresentam nos noticiários, mídias, formadores de opiniões e etc. contra a FÉ, e esta que falo não tem nada a ver com a lenda de "se jogar no vazio quando nada mais funciona", devem sim ser respondidos a altura, com veemência e vigor, dentro do que todas as leis e costumes permitem, afim de, uma vez por todas, desmitificar generalizações burras sobre o que é crer em Deus e consequentemente nao aceitar algumas práticas seculares.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

PRAGMATISMO DO FHC X GUERRA CONTRA AS DROGAS

Estes dias o político Fernando Henrique Cardoso (FHC), divulgou seu documentário onde afirma que a guerra contras as drogas é uma guerra perdida, por isso devemos aqui no Brasil legalizar a maconha.

Seguindo a mesma linha de raciocínio pragmático de FHC poderíamos então decidir:
* Que como a guerra contra acorrupção política é uma guerra perdida, temos que legalizar a porcentagem e/ou quantas vezes o político poderá ser corrupto;
* Que como a guerra contra policiais bandidos está perdida, temos de legalizar o quanto eles podem roubar em suas carreiras policiais;
* Que como a guerra contra a alfabetização e ensino no Brasil está perdida, aceitemos o novo livro do MEC de que não discrimine ninguém por falar errado nesta nova ORDE E PROGREÇO;
* Que como a guerra contra as brigas de galo está perdida, legalizemos os locais para isso;
* Que como a guerra contra a pedofilia está perdida, legalizemos locais, idades, escolas, famílias, orfanatos e outros afins onde podemos abusar e estuprar crianças;
* Que como a guerra contra o terrorismo está perdida, legalizemos um sindicato de terroristas para que possam discutir suas ações contra os governos antes de atacarem;
* Que como a guerra sobre a situação do sistema de saúde do Brasil está perdida, regulamentemos quantos pacientes os hospitais devem deixar morerr por dia;
* Que como a guerra contra a miséria, fome e discriminação racial e social está perdida, regulamentemos locais para estas pessoas viverem longe do pessoal da alta....mas bem longe mesmo....


Posso continuar indefinidamente nesta idéia pragmática do FHC. Imagino a quem interessa tanto que essa idéia seja difundida tão ferozmente.

Admiro não ter tido o mesmo recurso e tempo para produzir um documentário que falasse das mazelas que citei acima: falar sobre a fome no Brasil; falar sobre a dificuldade na saúde, educação, etc...Mas tinha de ser justamente sobre a DROGA DA DROGA....$$$ (de quem?)

O Brasil não tem um sistema de saúde capaz de atender os viciados que querem sair do vício. O Brasil não tem um sistema educacional eficaz que impeça os jovens de terem tempo para inclinarem-se ao vício. O Brasil não tem um sistema eficaz de segurança pública que impeça a droga de chegar onde não deveria chegar nunca. O Brasil não tem um salário mínimo adequado que impeça pessoas denominadas pela sociedade de SEM  QUALIFICAÇÃO, de venderem drogas. O Brasil não tem um sistema de leis que reprima exemplarmente os pedófilos, que por ventura podem oferecer drogas a crianças e praticarem suas barbáries.

O BRASIL NÃO TEM FERRAMENTAS FHC! E SE TIVESSE, NÃO SERIA NECESSÁRIO REGULAR A VENDA DE DROGAS, SABE PORQUÊ: HAVERIA ALGO MAIS IMPORTANTE A INVESTIR DO QUE ELA, A SABER, A VIDA PRÓPRIA.